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22/07/2005
-
12h20
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
As operadoras de telefonia fixa resistiram à proposta de acabar com a assinatura básica mensal, encampada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Hoje, após reunião com representantes de todas as teles fixas, o ministro recuou e disse que a proposta em discussão é para viabilizar o acesso dos usuários de baixa renda ao serviço de telefonia fixa.
Na última quarta-feira, Costa havia dito que pediria às empresas um plano de redução gradual da assinatura básica, até a sua eliminação para todos os assinantes.
Após a reunião com os empresários, ele disse que a discussão foi sobre "que maneira nós podemos tornar o telefone fixo mais acessível à camada mais pobre da sociedade que não tem telefone".
Diferente também do que havia dito antes, o ministro concordou em negociar com o Ministério da Fazenda e até mesmo com os governadores a redução de impostos para viabilizar o serviço para a população que ganha entre um e dois salários mínimos.
"Acho que há espaço para negociar", disse o ministro, que na quarta-feira havia adotado um discurso mais radical. Ele havia dito que só aceitaria discutir a redução de impostos se as empresas não estivessem dando lucro.
As críticas do ministro à assinatura mensal da telefonia fixa vêm causando desconforto no mercado desde que Costa foi confirmado no cargo. Em discurso de despedida no Senado, ele defendeu o fim da assinatura.
Irritação
O presidente da Abrafix (associação das concessionárias de telefonia fixa), José Fernandes Pauletti, demonstrou impaciência ao deixar a reunião no Ministério das Comunicações.
Ele evitou comentar a proposta do ministro, e disse apenas que cada empresa terá que analisar e fazer seus cálculos para verificar a viabilidade da proposta.
Segundo ele, uma mudança no serviço não pode comprometer o setor. "A forma mais adequada é a que mantém a sustentabilidade do setor e das empresas, que se faça de uma forma equilibrada, e que não espante os investimentos do país, que permita que os investimentos continuem acontecendo", disse.
Ele evitou comentar como a proposta do ministro foi recebida no mercado. "Não posso responder isso sem ver a forma. Quer dizer, dependendo da forma é possível, dependendo da forma não é possível. É isso", afirmou o executivo ao ser questionado sobre a redução gradual do preço da assinatura.
Os representantes das operadoras deixaram claro na reunião que já oferecem planos alternativos, mas que voltarão a conversar com o ministro nas próximas semanas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre assinatura do telefone
Teles pressionam, e ministro recua sobre fim da assinatura do telefone
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da Folha Online, em Brasília
As operadoras de telefonia fixa resistiram à proposta de acabar com a assinatura básica mensal, encampada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Hoje, após reunião com representantes de todas as teles fixas, o ministro recuou e disse que a proposta em discussão é para viabilizar o acesso dos usuários de baixa renda ao serviço de telefonia fixa.
Na última quarta-feira, Costa havia dito que pediria às empresas um plano de redução gradual da assinatura básica, até a sua eliminação para todos os assinantes.
Após a reunião com os empresários, ele disse que a discussão foi sobre "que maneira nós podemos tornar o telefone fixo mais acessível à camada mais pobre da sociedade que não tem telefone".
Diferente também do que havia dito antes, o ministro concordou em negociar com o Ministério da Fazenda e até mesmo com os governadores a redução de impostos para viabilizar o serviço para a população que ganha entre um e dois salários mínimos.
"Acho que há espaço para negociar", disse o ministro, que na quarta-feira havia adotado um discurso mais radical. Ele havia dito que só aceitaria discutir a redução de impostos se as empresas não estivessem dando lucro.
As críticas do ministro à assinatura mensal da telefonia fixa vêm causando desconforto no mercado desde que Costa foi confirmado no cargo. Em discurso de despedida no Senado, ele defendeu o fim da assinatura.
Irritação
O presidente da Abrafix (associação das concessionárias de telefonia fixa), José Fernandes Pauletti, demonstrou impaciência ao deixar a reunião no Ministério das Comunicações.
Ele evitou comentar a proposta do ministro, e disse apenas que cada empresa terá que analisar e fazer seus cálculos para verificar a viabilidade da proposta.
Segundo ele, uma mudança no serviço não pode comprometer o setor. "A forma mais adequada é a que mantém a sustentabilidade do setor e das empresas, que se faça de uma forma equilibrada, e que não espante os investimentos do país, que permita que os investimentos continuem acontecendo", disse.
Ele evitou comentar como a proposta do ministro foi recebida no mercado. "Não posso responder isso sem ver a forma. Quer dizer, dependendo da forma é possível, dependendo da forma não é possível. É isso", afirmou o executivo ao ser questionado sobre a redução gradual do preço da assinatura.
Os representantes das operadoras deixaram claro na reunião que já oferecem planos alternativos, mas que voltarão a conversar com o ministro nas próximas semanas.
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