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28/07/2005
-
14h03
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que a economia brasileira ainda é "muito vulnerável" e que, por isso, o governo não pode "brincar nessa parte".
"A economia brasileira, nós tivemos que tratá-la com o cuidado que precisa ser tratada, sem a pressa e o ufanismo com que, muitas vezes, alguém quer que a gente trate, porque nós somos, ainda, uma economia muito vulnerável, temos ainda problemas sérios e não podemos brincar nessa parte, para que a gente não tenha um retrocesso. Porque um retrocesso leva anos e anos para a gente recuperar. Não se recupera num dia, leva-se anos e, às vezes, não se recupera", afirmou Lula ao visitar as obras de ampliação da Refap, em Canoas (RS).
Sem citar o nervosismo no mercado financeiro verificado nos últimos dias, Lula sinalizou que não haverá mudança de rumo na economia: "Todos, historicamente, que tentaram fazer mágica com a economia brasileira quebraram a cara porque uma coisa é a mágica acadêmica e outra coisa é praticidade do mercado e da sociedade brasileira, que trabalha com muito mais objetividade e com muito mais concretude."
De acordo com ele, o Brasil ficou apostando em "mágicos" e por isso o Brasil teve "décadas perdidas" durante os anos 80 e 90.
"Depois nós tivemos a década de 80 a 90, em que também não foi feita muita coisa neste país. Por quê? Porque o Brasil ficou sempre apostando que iria aparecer um mágico e que iríamos tirar um economista do bolso, da cartola, não sei de que, ou da cartola não sei de onde, e aquele economista iria fazer um plano que salvaria o país", afirmou.
O presidente também atribuiu parte de suas dificuldades políticas à postura adotada na economia. "E hoje eu posso dizer para vocês. O que incomoda muita gente neste país é que nós não fizemos nenhuma loucura", afirmou.
Ele afirmou ainda que a economia melhorou em sua gestão, ao menos na comparação do emprego. "Eu estou falando de 1992 até 2002. Eu estou falando de 10 anos em que a economia brasileira esteve estagnada e se criava, neste país, apenas 8 mil empregos mensais com carteira profissional assinada. Nesses 30 meses de governo, já criamos 3,135 millhões de empregos de carteira profissional assinada, perfazendo uma média mensal de 104 mil."
Lula admitiu, no entanto, que o ritmo de recuperação ainda é lento. "A economia brasileira está se recuperando, não com a rapidez que todos nós queremos."
Participaram do evento os ministros Silas Rondeau (Minas e Energia), Alfredo do Nascimento (Transportes) e Tarso Genro (Educação), além do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
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Lula diz que economia brasileira ainda é "muito vulnerável"
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que a economia brasileira ainda é "muito vulnerável" e que, por isso, o governo não pode "brincar nessa parte".
"A economia brasileira, nós tivemos que tratá-la com o cuidado que precisa ser tratada, sem a pressa e o ufanismo com que, muitas vezes, alguém quer que a gente trate, porque nós somos, ainda, uma economia muito vulnerável, temos ainda problemas sérios e não podemos brincar nessa parte, para que a gente não tenha um retrocesso. Porque um retrocesso leva anos e anos para a gente recuperar. Não se recupera num dia, leva-se anos e, às vezes, não se recupera", afirmou Lula ao visitar as obras de ampliação da Refap, em Canoas (RS).
Sem citar o nervosismo no mercado financeiro verificado nos últimos dias, Lula sinalizou que não haverá mudança de rumo na economia: "Todos, historicamente, que tentaram fazer mágica com a economia brasileira quebraram a cara porque uma coisa é a mágica acadêmica e outra coisa é praticidade do mercado e da sociedade brasileira, que trabalha com muito mais objetividade e com muito mais concretude."
De acordo com ele, o Brasil ficou apostando em "mágicos" e por isso o Brasil teve "décadas perdidas" durante os anos 80 e 90.
"Depois nós tivemos a década de 80 a 90, em que também não foi feita muita coisa neste país. Por quê? Porque o Brasil ficou sempre apostando que iria aparecer um mágico e que iríamos tirar um economista do bolso, da cartola, não sei de que, ou da cartola não sei de onde, e aquele economista iria fazer um plano que salvaria o país", afirmou.
O presidente também atribuiu parte de suas dificuldades políticas à postura adotada na economia. "E hoje eu posso dizer para vocês. O que incomoda muita gente neste país é que nós não fizemos nenhuma loucura", afirmou.
Ele afirmou ainda que a economia melhorou em sua gestão, ao menos na comparação do emprego. "Eu estou falando de 1992 até 2002. Eu estou falando de 10 anos em que a economia brasileira esteve estagnada e se criava, neste país, apenas 8 mil empregos mensais com carteira profissional assinada. Nesses 30 meses de governo, já criamos 3,135 millhões de empregos de carteira profissional assinada, perfazendo uma média mensal de 104 mil."
Lula admitiu, no entanto, que o ritmo de recuperação ainda é lento. "A economia brasileira está se recuperando, não com a rapidez que todos nós queremos."
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