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22/08/2005
-
18h11
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse nesta segunda-feira que a atitude do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi "pró-ativa" e a repercussão de sua entrevista no domingo (21) no mercado financeiro foi "a melhor possível".
"O ministro Palocci esclareceu tudo que precisava ser esclarecido e espero que o tema realmente aquiete", disse Furlan, em evento hoje em São Paulo.
Furlan também voltou a frisar que a situação da atual crise política brasileira é passageira e que não deverá afetar os fundamentos da economia. Em discurso, o ministro disse que "a crise política" do governo "será resolvida politicamente" e que a política econômica depende do compromisso do governo com práticas responsáveis.
Segundo Furlan, "ninguém consegue negar" que o país atravessa um período de turbulência política, mas, como já havia feito na semana passada, ressaltou os resultados positivos obtidos na economia e nas exportações. "Os números da economia continuam bastante consistentes, [por exemplo], o PIB [Produto Interno Bruto] do segundo trimestre e os números de julho que foram divulgados, inclusive o de emprego."
O ministro Palocci foi acusado na sexta-feira por seu ex-assessor enquanto foi prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Tadeu Buratti, de receber R$ 50 mil por mês de empresa de lixo em troca de favorecimento em licitação.
O ministro concedeu ontem uma entrevista coletiva para esclarecer e desmentir as acusações feitas por Buratti. A entrevista durou duas horas e 12 minutos. Palocci negou as declarações de Buratti, disse que permanecerá à frente da Fazenda e que a economia é sólida o suficiente para não ser atingida por "falsas acusações".
"O trabalho realizado nesses dois últimos dois anos e meio [pelo governo] foi suficiente para posicionar a economia brasileira em condições de suportar qualquer turbulência e se manter firme, avante e com resultados e fundamentos sólidos", disse Palocci.
Perda de espaço
O ministro Furlan mais uma vez voltou a enfatizar os resultados econômicos positivos ao invés de abordar a crise política. Também renovou o apelo aos empresários, ao dizer que as empresas que se deixarem contaminar pelo clima criado pela crise no governo perderá espaço para quem mantiver seus planos de investimento.
"Não estranhem se o crescimento no fim do ano ficar próximo aos 5%. Não estranhem se a balança comercial continuar batendo recordes. O espaço [para boas notícias] ficou encolhido por causa" da atenção dada ao problema político.
O ministro também afirmou que é importante observar os resultados das empresas nos últimos três meses --desde o início dos escândalos políticos nos casos dos Correios e da compra de votos na base aliada do governo, o "mensalão".
"Todos sabem que a situação da crise política é passageira e ela não deverá afetar os fundamentos da economia." Na semana passada, Furlan havia dito praticamente o mesmo, ao apelar aos empresários que não criem um "vínculo emocional", deixando-se levar pelo "momento delicado" no campo político porque, "no final, essa turbulência seguramente vai passar e as empresas vão continuar".
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O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse nesta segunda-feira que a atitude do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi "pró-ativa" e a repercussão de sua entrevista no domingo (21) no mercado financeiro foi "a melhor possível".
"O ministro Palocci esclareceu tudo que precisava ser esclarecido e espero que o tema realmente aquiete", disse Furlan, em evento hoje em São Paulo.
Furlan também voltou a frisar que a situação da atual crise política brasileira é passageira e que não deverá afetar os fundamentos da economia. Em discurso, o ministro disse que "a crise política" do governo "será resolvida politicamente" e que a política econômica depende do compromisso do governo com práticas responsáveis.
Segundo Furlan, "ninguém consegue negar" que o país atravessa um período de turbulência política, mas, como já havia feito na semana passada, ressaltou os resultados positivos obtidos na economia e nas exportações. "Os números da economia continuam bastante consistentes, [por exemplo], o PIB [Produto Interno Bruto] do segundo trimestre e os números de julho que foram divulgados, inclusive o de emprego."
O ministro Palocci foi acusado na sexta-feira por seu ex-assessor enquanto foi prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Tadeu Buratti, de receber R$ 50 mil por mês de empresa de lixo em troca de favorecimento em licitação.
O ministro concedeu ontem uma entrevista coletiva para esclarecer e desmentir as acusações feitas por Buratti. A entrevista durou duas horas e 12 minutos. Palocci negou as declarações de Buratti, disse que permanecerá à frente da Fazenda e que a economia é sólida o suficiente para não ser atingida por "falsas acusações".
"O trabalho realizado nesses dois últimos dois anos e meio [pelo governo] foi suficiente para posicionar a economia brasileira em condições de suportar qualquer turbulência e se manter firme, avante e com resultados e fundamentos sólidos", disse Palocci.
Perda de espaço
O ministro Furlan mais uma vez voltou a enfatizar os resultados econômicos positivos ao invés de abordar a crise política. Também renovou o apelo aos empresários, ao dizer que as empresas que se deixarem contaminar pelo clima criado pela crise no governo perderá espaço para quem mantiver seus planos de investimento.
"Não estranhem se o crescimento no fim do ano ficar próximo aos 5%. Não estranhem se a balança comercial continuar batendo recordes. O espaço [para boas notícias] ficou encolhido por causa" da atenção dada ao problema político.
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