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01/09/2005 - 19h04

Juscelino Dourado, chefe de gabinete de Palocci, pede demissão

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KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Juscelino Dourado, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pediu demissão. O ministro aceitou.

Juscelino depôs na quarta-feira na CPI dos Bingos. Na avaliação de vários integrantes da comissão, as declarações de Juscelino foram consideradas improdutivas.

"É com respeito e compreensão que aceito esta sua decisão. Tenho absoluta certeza da seriedade e lisura com que você lidou com os assuntos de sua responsabilidade. Sua atividade pública deve ser motivo de orgulho para você e sua família", disse Palocci, em resposta ao pedido de demissão.

O assessor negou todas as acusações feitas ao ministro da Fazenda e também que Palocci tenha conhecimento de fatos importantes, como as negociações do contrato entre a CEF (Caixa Econômica Federal) e a Gtech.

Na CPI, Dourado disse que nenhum assunto ou negócio da empresa Leão Leão foi tratado dentro do gabinete de Palocci. "Nunca passou pelo Ministério da Fazenda qualquer negócio da empresa Leão Leão", afirmou.

Folha Imagem
Juscelino Dourado, chefe de gabinete de Palocci, que pediu demissão
Juscelino Dourado, chefe de gabinete de Palocci, que pediu demissão


Dourado também disse que "nunca ouviu falar do esquema da caixinha da Leão Leão" e duvida que o ministro Palocci iria aceitar tal esquema. O chefe de gabinete negou ainda que o advogado Rogério Tadeu Buratti tenha tentado intervir a favor da empresa para que o ministro da Fazenda recebesse representantes da Leão Leão.

Ele confirmou que Buratti esteve no mínimo nove vezes em seu gabinete no ministério da Fazenda, mas afirmou que em nenhum momento Buratti teve qualquer encontro com Palocci ou tratou de negócios com ele. "As conversas giravam em torno de nosso relacionamento social".

Dourado informou ainda que, pelo que sabe, "nunca tratou de negócios referentes a Gtech", nem mesmo durante o período de renovação do contrato no valor de R$ 630 milhões entre a empresa e a CEF (Caixa Econômica Federal). Durante o depoimento de ontem, ele colocou seus sigilos fiscal e bancário, dos últimos cinco anos, à disposição da comissão.

Saio com "dever cumprido

No pedido, o assessor diz que dedicou 20 anos de sua vida à militância política e que por 13 anos trabalhou ao lado de Palocci.

"Tenho segurança da firmeza com que lidei com os assuntos de minha responsabilidade. Compareci ao Senado Federal, coloquei-me à disposição daquela nobre Casa para esclarecer todo e qualquer assunto sobre minha conduta pública e privada. Estou com a consciência tranqüila de que realizei minha missão, de que não fugi do caminho ético que sempre norteou e norteará a minha vida", diz a correspondência enviada por Juscelino ao ministro.

Ainda na nota, ele diz que "volta para casa com o sentimento de dever cumprido".

Dourado foi chefe da Casa Civil de Ribeirão Preto (SP) à época em que Palocci era prefeito do município. O nome dele foi citado na semana passada pelo ex-assessor da prefeitura Rogério Tadeu Buratti durante depoimento à comissão.

Colaborou Ana Paula Ribeiro, da Folha Online, em Brasília

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