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13/05/2003
-
03h48
da Folha de S.Paulo
Um programa de financiamento para alunos carentes e outro de avaliação da qualidade escolar, ambos privados, estão sendo implantados neste mês e mostram que os colégios e as faculdades particulares estão dispostos a executar parte das tarefas feitas normalmente pelo governo.
O Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo) lançou ontem o Programa de Amparo Educativo Temporário -uma espécie de crédito educativo privado para emprestar dinheiro a estudantes carentes em faculdades. O governo federal tem o Fies (Programa de Financiamento Estudantil), voltado para o mesmo público.
Daqui a duas semanas, no dia 26, será a vez de um programa privado de avaliação escolar.
O governo já tem o Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), cujo objetivo é o mesmo: conferir o nível do sistema de ensino.
O Semesp criou uma entidade independente só para gerenciar o programa -o Cebrade (Centro Brasileiro de Desenvolvimento do Ensino Superior). Segundo o diretor-executivo da entidade, o economista Marcos Pires Valdívia, a iniciativa não significa desaprovação da política oficial.
"É muito cedo para avaliar o desempenho do governo Lula, mas, como o Fies não atende na totalidade, precisamos encontrar outros mecanismos. O nosso programa e o Fies não são concorrentes, eles têm de se completar."
Segundo Valdívia, a inadimplência média entre alunos do ensino superior particular é de 20% no Estado de São Paulo.
Há 800 mil alunos em instituições privadas no Estado. Isso significa que 160 mil são devedores -temporários ou permanentes.
"O Cebrade não vai resolver o problema de financiamento dos alunos. É praticamente impossível atingir esse número. O que tentamos é amenizar", diz.
Como no esquema oficial, o aluno começa a pagar o financiamento depois de um ano de formado.
Diferentemente do Fies, não há cobrança de juros, mas o aluno tem de pagar conforme o custo atualizado das mensalidades.
O Semesp diz não ter o percentual de reajuste médio dos cursos de instituições particulares no último ano. "Os aumentos têm sido pequenos, por causa das dificuldades dos alunos", diz Valdívia.
As inscrições, nas próprias faculdades, devem ser feitas a partir da próxima semana.
Faculdades particulares criam financiamento próprio
ARMANDO PEREIRA FILHOda Folha de S.Paulo
Um programa de financiamento para alunos carentes e outro de avaliação da qualidade escolar, ambos privados, estão sendo implantados neste mês e mostram que os colégios e as faculdades particulares estão dispostos a executar parte das tarefas feitas normalmente pelo governo.
O Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo) lançou ontem o Programa de Amparo Educativo Temporário -uma espécie de crédito educativo privado para emprestar dinheiro a estudantes carentes em faculdades. O governo federal tem o Fies (Programa de Financiamento Estudantil), voltado para o mesmo público.
Daqui a duas semanas, no dia 26, será a vez de um programa privado de avaliação escolar.
O governo já tem o Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), cujo objetivo é o mesmo: conferir o nível do sistema de ensino.
O Semesp criou uma entidade independente só para gerenciar o programa -o Cebrade (Centro Brasileiro de Desenvolvimento do Ensino Superior). Segundo o diretor-executivo da entidade, o economista Marcos Pires Valdívia, a iniciativa não significa desaprovação da política oficial.
"É muito cedo para avaliar o desempenho do governo Lula, mas, como o Fies não atende na totalidade, precisamos encontrar outros mecanismos. O nosso programa e o Fies não são concorrentes, eles têm de se completar."
Segundo Valdívia, a inadimplência média entre alunos do ensino superior particular é de 20% no Estado de São Paulo.
Há 800 mil alunos em instituições privadas no Estado. Isso significa que 160 mil são devedores -temporários ou permanentes.
"O Cebrade não vai resolver o problema de financiamento dos alunos. É praticamente impossível atingir esse número. O que tentamos é amenizar", diz.
Como no esquema oficial, o aluno começa a pagar o financiamento depois de um ano de formado.
Diferentemente do Fies, não há cobrança de juros, mas o aluno tem de pagar conforme o custo atualizado das mensalidades.
O Semesp diz não ter o percentual de reajuste médio dos cursos de instituições particulares no último ano. "Os aumentos têm sido pequenos, por causa das dificuldades dos alunos", diz Valdívia.
As inscrições, nas próprias faculdades, devem ser feitas a partir da próxima semana.
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