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18/08/2003 - 11h25

Propostas de mudanças do provão devem ser entregues até dia 27

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da Folha Online

A Comissão Especial de Avaliação da Educação Superior, criada pelo Ministério da Educação para propor as mudanças do provão, tem até o próximo dia 27 para apresentar ao ministro Cristovam Buarque um novo modelo de avaliação da universidade brasileira.

Segundo a assessoria de imprensa do MEC, Cristovam não anunciou o fim do provão, como foi informado pela imprensa. Ainda de acordo com o ministério, a avaliação não vai acabar, e sim modificar o seu formato, como tem sido dito desde a aplicação do último provão, em junho desde ano.

Em palestra realizada no mês passado na reunião da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em Recife, o ministro disse que algumas pessoas sentirão saudade do provão. "Pior do que a avaliação é não ter avaliação. Vamos ser ainda mais rigorosos e tem gente que vai ter saudade do provão", afirmou.

A avaliação dos cursos de ensino superior é elaborada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), do MEC, mesmo órgão responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Especialistas

Em matéria publicada no caderno Fovest da Folha sobre as propostas de mudanças do governo federal para a educação, alguns especialistas comentaram o que acham e o que esperam do novo formato do provão.

Para Eunice Ribeiro Durham, ex-secretária de Educação Superior do MEC e pesquisadora do Nupes (Núcleo de Estudos sobre Ensino Superior) da USP (Universidade de São Paulo), "a melhor forma para dizer que um processo não está bom é mostrar que ele não está dando resultado."

Segundo ela, o provão é o único instrumento homogêneo para a avaliação dos cursos superiores. "A análise da ACE [Avaliação das Condições de Ensino], por exemplo, varia conforme a comissão que visita a instituição de ensino. Ela é uma complementação ao provão, mas não o substitui."

Já para Mario Sergio Cortella, colunista da Folha, doutor em educação e professor da pós-graduação em educação da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), "o sistema vem se constituindo em algo que avalia apenas o estudante que está saindo da universidade, o que não altera formação dele. Eu costumo usar o exemplo: a avaliação deve ser diferente de uma necropsia, que estuda a causa de morte, e similar a uma biópsia, que analisa o organismo ainda vivo."

Assim, segundo Cortella, para beneficiar quem está entrando e quem já está na universidade, é necessário criar um sistema de avaliação processual.
 

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