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15/09/2003 - 06h16

Saber estrutura do planeta ajuda geólogo a "curar" problemas

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da Folha de S.Paulo

Geólogos são uma espécie de médicos do solo e do subsolo, porque conhecem a composição, a estrutura e a evolução do globo terrestre ao longo do tempo. Por isso podem intermediar qualquer "cirurgia" do homem no meio físico, seja na extração e no aproveitamento de recursos minerais, como água, petróleo, carvão e gás natural, ou na ocupação de áreas, para implementação de infra-estrutura e desenvolvimento, nos meios urbano e rural.

Isso significa que podemos encontrar geólogos trabalhando no planejamento e na implantação de obras de engenharia, na previsão e na prevenção de riscos ambientais e naturais (como terremotos, deslizamento de encostas, controle de erosão), no fornecimento de informações para viabilizar projetos industriais e agrícolas, na produção de carvão, de petróleo e de gás natural e em projetos de aproveitamento de energia hidroelétrica e no abastecimento de água. Há ainda o campo da pesquisa acadêmica.

Mas são as crescentes preocupações com a questão ambiental e com os cuidados na ocupação do espaço físico que propiciam aos geólogos um mercado de trabalho cada vez mais amplo, trabalhando em equipes multidisciplinares --com biólogos, engenheiros e arquitetos-- na elaboração de relatórios de impacto ambiental.

Outra área importante continua sendo a dos recursos minerais, com demanda crescente relacionada a novas descobertas de petróleo e gás. "O famoso potencial do território brasileiro em recursos minerais não é um mito. Falta torná-lo realidade, com investigação e projetos de aproveitamento", explica Sebastião Gomes de Carvalho, professor do curso de geologia da Unesp de Rio Claro.

Com o advento da tecnologia, cada vez mais imagens de satélites têm sido incorporadas ao cotidiano do profissional. "O geólogo naturalista, que baseava sua atividade na observação da natureza e na interpretação de fenômenos e de processos, cedeu lugar ao geólogo 'moderno', cuja atividade envolve o uso de sofisticados equipamentos, tornando-o também um profissional de gabinete e de laboratório", completa Carvalho.

Para Rômulo Machado, 51, professor do Instituto de Geociências da USP, persistência, curiosidade e certa facilidade com as ciências exatas são características desejáveis, além de disposição e disponibilidade para viagens a lugares um pouco inóspitos, em veículos como barcos ou helicópteros.



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