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15/09/2003
-
06h18
da Folha de S.Paulo
O que seria da humanidade se não existissem pessoas com conhecimento, atitude, coragem e habilidade para, se necessário, inserir um tubo na traquéia de alguém, fazendo, assim, com que essa pessoa continue respirando? Ou então promover sobre o seu peito um choque de até 200 jaules, para o coração recuperar o ritmo?
"A medicina é a profissão das decisões, em que as decisões não são conferidas. Daí a importância da boa formação e da seriedade", analisa Antonio Carlos Lopes, 55, professor do curso de medicina da Unifesp e presidente da Sociedade Brasileira de Clínica.
Por tratar doenças, esse profissional lida diretamente com a vida humana. Na sociedade, cabe ao médico tal função.
"A medicina pode ser também a profissão do sofrimento, e só consegue exercê-la quem tem uma preocupação constante a respeito de seus atos e decisões. O compromisso não se encerra quando acaba a consulta, é preciso dedicação 24 horas por dia, para sempre, e uma resistência muito grande, porque só se recebem queixas e reclamações", acrescenta Lopes.
Além de um bom preparo psicológico, é preciso ter consciência de que, nesse ofício, o erro não é admitido.
A faculdade dura seis anos, mas, na verdade, são pelo menos dez anos de estudo para se tornar um especialista. A graduação exige dedicação em período integral e inclui um período de internato (treinamento em hospital).
Depois, mais dois anos de residência, em que o profissional já possui o seu número no Conselho Regional de Medicina, o CRM. Ao término, obtém-se o título da área que freqüentou (dermatologia, obstetrícia, pediatria etc.).
A especialidade médica só vem com cerca de mais dois anos de residência médica. Porém, para se manter em dia com a prática da profissão, um médico nunca pode parar de estudar e de desenvolver habilidades na área de atuação.
Para Maria do Patrocínio Tenório Nunes, 43, presidente da Comissão de Residência Médica do Hospital das Clínicas, é preciso gostar de pessoas e de ajudá-las, enfrentar dias de sono, às vezes, sofrer com o paciente.
"Os recém-formados se deparam com a questão da responsabilidade, numa profissão em que se passa por situações difíceis, particularmente num país como o Brasil, onde a saúde pública é deficitária e os médicos ganham mal. Mas quem quer fazer medicina dificilmente desiste."
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O que seria da humanidade se não existissem pessoas com conhecimento, atitude, coragem e habilidade para, se necessário, inserir um tubo na traquéia de alguém, fazendo, assim, com que essa pessoa continue respirando? Ou então promover sobre o seu peito um choque de até 200 jaules, para o coração recuperar o ritmo?
"A medicina é a profissão das decisões, em que as decisões não são conferidas. Daí a importância da boa formação e da seriedade", analisa Antonio Carlos Lopes, 55, professor do curso de medicina da Unifesp e presidente da Sociedade Brasileira de Clínica.
Por tratar doenças, esse profissional lida diretamente com a vida humana. Na sociedade, cabe ao médico tal função.
"A medicina pode ser também a profissão do sofrimento, e só consegue exercê-la quem tem uma preocupação constante a respeito de seus atos e decisões. O compromisso não se encerra quando acaba a consulta, é preciso dedicação 24 horas por dia, para sempre, e uma resistência muito grande, porque só se recebem queixas e reclamações", acrescenta Lopes.
Além de um bom preparo psicológico, é preciso ter consciência de que, nesse ofício, o erro não é admitido.
A faculdade dura seis anos, mas, na verdade, são pelo menos dez anos de estudo para se tornar um especialista. A graduação exige dedicação em período integral e inclui um período de internato (treinamento em hospital).
Depois, mais dois anos de residência, em que o profissional já possui o seu número no Conselho Regional de Medicina, o CRM. Ao término, obtém-se o título da área que freqüentou (dermatologia, obstetrícia, pediatria etc.).
A especialidade médica só vem com cerca de mais dois anos de residência médica. Porém, para se manter em dia com a prática da profissão, um médico nunca pode parar de estudar e de desenvolver habilidades na área de atuação.
Para Maria do Patrocínio Tenório Nunes, 43, presidente da Comissão de Residência Médica do Hospital das Clínicas, é preciso gostar de pessoas e de ajudá-las, enfrentar dias de sono, às vezes, sofrer com o paciente.
"Os recém-formados se deparam com a questão da responsabilidade, numa profissão em que se passa por situações difíceis, particularmente num país como o Brasil, onde a saúde pública é deficitária e os médicos ganham mal. Mas quem quer fazer medicina dificilmente desiste."
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