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25/10/2003 - 07h30

Evangélicos são contra ensino confessional

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TALITA FIGUEIREDO
free-lance para a Folha de S.Paulo

A bancada evangélica da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro é contra o ensino religioso confessional (separado por credo), cujo primeiro edital para contratação de professores prevê punição para o mestre que "perder a fé e tornar-se agnóstico e ateu".

Os deputados estaduais evangélicos anunciaram que pedirão à governadora Rosinha Matheus (PMDB) que seja sancionado o projeto de lei do deputado Carlos Minc (PT) que veta a adoção do ensino confessional.

A deputada e pastora evangélica Edna Rodrigues (PMDB) disse que "o Estado não pode interferir no ensino religioso".

"Acho que não deveria haver aula de religião nas escolas. Isso é coisa para a igreja. Por outro lado, como oferecer aulas de todas as denominações evangélicas que existem?", perguntou ela.

O chefe de Gabinete Civil do governo, Francesco Conte, disse que o projeto de lei ainda não chegou à governadora.

O ex-deputado estadual Carlos Dias (PP), autor da lei que regulamenta o ensino religioso confessional, disse que, antes, o ensino religioso era uma "antropologia das religiões". A intenção, afirmou, é que a escola "forme o caráter religioso das pessoas".

Fundamentalista

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PE), afirmou ontem que o partido vai ingressar na Justiça contra o edital da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro.

"Isso é fruto de uma mentalidade fundamentalista que quer afrontar o Estado laico brasileiro. Isso é perigosíssimo", afirmou o deputado, que disse estar reunindo os argumentos jurídicos para decidir se a ação será na Justiça comum do Rio ou no Supremo Tribunal Federal.
 

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