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04/12/2003
-
09h46
CLAUDIO B. RECCO
Especial para a Folha de S. Paulo
Durante o século 19, a sociedade européia conheceu um forte processo de organização política --o que deu maior consistência às lutas sociais.
Nesse período, a burguesia se tornou a classe social hegemônica, alcançando o poder em diversos países, fato que permitiu a expansão do capitalismo.
As Revoluções Liberais que ocorreram no continente tiveram repercussão também no Japão e na América, em particular nos Estados Unidos.
Em 1830, diversas revoluções varreram o continente europeu e foram responsáveis pela eliminação definitiva do Antigo Regime na França e pela independência da Bélgica. Os dois países tornaram-se monarquias constitucionais, em que a alta burguesia adquiriu papel preponderante no Estado, e deram início ao processo de industrialização. Em outros países, os movimentos sociais que pretenderam a independência ou a unificação foram abortados pela repressão.
Em 1848, novas revoluções ocorreram. Em seu conjunto, foram denominadas Primavera dos Povos, pois contaram com grande participação das camadas populares, em parte influenciadas pelas idéias socialistas. No entanto a ideologia predominante e que comandou os movimentos do período foi o liberalismo.
Apesar de ter sido uma grande "onda revolucionária", o liberalismo produziu transformações significativas na França, com a proclamação da 2ª República e a formação de um governo de coalizão com a participação de socialistas.
Durante todo esse período, percebemos a luta de outros povos na Europa: os poloneses e os húngaros buscavam a independência frente aos impérios russo e austríaco, respectivamente; alemães e italianos lutavam pela unificação --os alemães, principalmente de forma institucional, liderados pela elite da Prússia, enquanto os italianos, a partir de seus movimentos secretos nacionalistas. Na Inglaterra, a classe operária organizou o movimento cartista, que lutou por direitos políticos e trabalhistas.
Se o operariado passou a se organizar e a participar efetivamente da luta por direitos e diretamente pelo poder, foi a burguesia quem efetivamente passou a controlar o Estado e impôs a sua hegemonia.
Dica: De que maneira as idéias socialistas influenciaram a participação dos trabalhadores?
Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br e autor do livro "História em Manchete - na Virada do Século"
Artigo: Movimentos sociais na Europa do século 19
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Especial para a Folha de S. Paulo
Durante o século 19, a sociedade européia conheceu um forte processo de organização política --o que deu maior consistência às lutas sociais.
Nesse período, a burguesia se tornou a classe social hegemônica, alcançando o poder em diversos países, fato que permitiu a expansão do capitalismo.
As Revoluções Liberais que ocorreram no continente tiveram repercussão também no Japão e na América, em particular nos Estados Unidos.
Em 1830, diversas revoluções varreram o continente europeu e foram responsáveis pela eliminação definitiva do Antigo Regime na França e pela independência da Bélgica. Os dois países tornaram-se monarquias constitucionais, em que a alta burguesia adquiriu papel preponderante no Estado, e deram início ao processo de industrialização. Em outros países, os movimentos sociais que pretenderam a independência ou a unificação foram abortados pela repressão.
Em 1848, novas revoluções ocorreram. Em seu conjunto, foram denominadas Primavera dos Povos, pois contaram com grande participação das camadas populares, em parte influenciadas pelas idéias socialistas. No entanto a ideologia predominante e que comandou os movimentos do período foi o liberalismo.
Apesar de ter sido uma grande "onda revolucionária", o liberalismo produziu transformações significativas na França, com a proclamação da 2ª República e a formação de um governo de coalizão com a participação de socialistas.
Durante todo esse período, percebemos a luta de outros povos na Europa: os poloneses e os húngaros buscavam a independência frente aos impérios russo e austríaco, respectivamente; alemães e italianos lutavam pela unificação --os alemães, principalmente de forma institucional, liderados pela elite da Prússia, enquanto os italianos, a partir de seus movimentos secretos nacionalistas. Na Inglaterra, a classe operária organizou o movimento cartista, que lutou por direitos políticos e trabalhistas.
Se o operariado passou a se organizar e a participar efetivamente da luta por direitos e diretamente pelo poder, foi a burguesia quem efetivamente passou a controlar o Estado e impôs a sua hegemonia.
Dica: De que maneira as idéias socialistas influenciaram a participação dos trabalhadores?
Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br e autor do livro "História em Manchete - na Virada do Século"
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