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24/12/2003
-
11h33
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha Online
Estudo divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostra que apenas 2,79% dos estudantes da oitava série do ensino fundamental possuem habilidades consideradas elementares em matemática.
Em língua portuguesa, a porcentagem sobe para 10,29%. Os números referem-se a 2001 e foram obtidos a partir do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação de Educação Básica).
O desempenho dos alunos da rede pública puxou a média para baixo: em língua portuguesa, 93,51% dos estudantes não atingiram o conhecimento mínimo exigido. Já da rede privada, foram 62,3%.
Em matemática, a diferença foi menor: 99,23% não chegaram à meta na rede pública, contra 82,65% da privada.
Método
A avaliação consistiu em uma prova baseada no currículo escolar. Por meio de amostragem, 50 mil alunos, para cada disciplina, fizeram o teste (100 mil no total). Os números servem de orientação para políticas educacionais do Governo Federal. De acordo com o Inep, o país tem cerca de três de milhões de alunos na oitava série.
Os resultados foram divididos em "muito crítico", "crítico", "intermediário", "adequado" e "avançado". Considera-se satisfatório o estudante que alcançar os dois melhores conceitos.
Em matemática, é preciso saber, por exemplo, distinguir ângulos, aplicar o Teorema de Pitágoras, transformar metros cúbicos em litros e solucionar problemas de fração e porcentagem.
Em língua portuguesa, alguns dos conhecimentos exigidos são diferenciar fatos de opinião, perceber o sentido da pontuação e distinguir linguagem forma de informal, além de compreender poemas modernistas e editoriais de jornais e revistas.
Prova
No total, o exame tem 169 questões, divididas em 13 blocos, com 13 cada. Escolhe-se três blocos para formar um caderno de prova. Cada estudante faz 39 questões.
Resultados
Em matemática, "muito crítico" ficou com 6,65%; "crítico" com 51,71%; "intermediário" com 38,85% -- todos esses não atingiram a marca desejada. "Adequado" teve 2,65%, e "avançado", 0,14%.
Já em língua portuguesa, 4,86% dos alunos atingiram apenas o conceito "muito crítico"; 20,08% o "crítico"; 64,76% o "intermediário"; 10,23% o "adequado"; 0,06% o "avançado".
Estados
O estudantes do Distrito Federal tiveram o melhor resultado em matemática: 5,03% chegaram ao mínimo exigido; os paulistas ficaram em segundo, com 4,17%. Os piores foram os acreanos (0,21%). A média nacional foi 2,79%.
Em língua portuguesa, o Rio de Janeiro foi o melhor (15,42%) e o Acre, o pior (3,05%); São Paulo, na terceira posição, ficou com 13,62%. A média entre todos os Estados foi 10,29%.
Regiões
Em língua portuguesa, o Norte obteve o pior índice: 94,73% dos alunos não conseguiram o nível mínimo exigido; o Nordeste teve 94,18%; o Centro-Oeste, 91,12%; o Sul, 87,46%. O melhor foi o Sudeste, com 86,79%.
Em matemática, o pior desempenho também foi no Norte (99,37%), seguido do Nordeste (98,63%), Centro-Oeste (97,91%), Sul (97,42%) e Sudeste (95,91%).
Menos de 3% dos estudantes da 8ª série dominam matemática
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da Folha Online
Estudo divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostra que apenas 2,79% dos estudantes da oitava série do ensino fundamental possuem habilidades consideradas elementares em matemática.
Em língua portuguesa, a porcentagem sobe para 10,29%. Os números referem-se a 2001 e foram obtidos a partir do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação de Educação Básica).
O desempenho dos alunos da rede pública puxou a média para baixo: em língua portuguesa, 93,51% dos estudantes não atingiram o conhecimento mínimo exigido. Já da rede privada, foram 62,3%.
Em matemática, a diferença foi menor: 99,23% não chegaram à meta na rede pública, contra 82,65% da privada.
Método
A avaliação consistiu em uma prova baseada no currículo escolar. Por meio de amostragem, 50 mil alunos, para cada disciplina, fizeram o teste (100 mil no total). Os números servem de orientação para políticas educacionais do Governo Federal. De acordo com o Inep, o país tem cerca de três de milhões de alunos na oitava série.
Os resultados foram divididos em "muito crítico", "crítico", "intermediário", "adequado" e "avançado". Considera-se satisfatório o estudante que alcançar os dois melhores conceitos.
Em matemática, é preciso saber, por exemplo, distinguir ângulos, aplicar o Teorema de Pitágoras, transformar metros cúbicos em litros e solucionar problemas de fração e porcentagem.
Em língua portuguesa, alguns dos conhecimentos exigidos são diferenciar fatos de opinião, perceber o sentido da pontuação e distinguir linguagem forma de informal, além de compreender poemas modernistas e editoriais de jornais e revistas.
Prova
No total, o exame tem 169 questões, divididas em 13 blocos, com 13 cada. Escolhe-se três blocos para formar um caderno de prova. Cada estudante faz 39 questões.
Resultados
Em matemática, "muito crítico" ficou com 6,65%; "crítico" com 51,71%; "intermediário" com 38,85% -- todos esses não atingiram a marca desejada. "Adequado" teve 2,65%, e "avançado", 0,14%.
Já em língua portuguesa, 4,86% dos alunos atingiram apenas o conceito "muito crítico"; 20,08% o "crítico"; 64,76% o "intermediário"; 10,23% o "adequado"; 0,06% o "avançado".
Estados
O estudantes do Distrito Federal tiveram o melhor resultado em matemática: 5,03% chegaram ao mínimo exigido; os paulistas ficaram em segundo, com 4,17%. Os piores foram os acreanos (0,21%). A média nacional foi 2,79%.
Em língua portuguesa, o Rio de Janeiro foi o melhor (15,42%) e o Acre, o pior (3,05%); São Paulo, na terceira posição, ficou com 13,62%. A média entre todos os Estados foi 10,29%.
Regiões
Em língua portuguesa, o Norte obteve o pior índice: 94,73% dos alunos não conseguiram o nível mínimo exigido; o Nordeste teve 94,18%; o Centro-Oeste, 91,12%; o Sul, 87,46%. O melhor foi o Sudeste, com 86,79%.
Em matemática, o pior desempenho também foi no Norte (99,37%), seguido do Nordeste (98,63%), Centro-Oeste (97,91%), Sul (97,42%) e Sudeste (95,91%).
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