Publicidade
Publicidade
15/04/2004
-
12h54
CAIO MAIA
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como "erro histórico" o sistema de ciclos no ensino fundamental (1ª a 8ª série), nesta quinta-feira (15), durante a abertura da 18ª Bienal internacional do Livro de São Paulo.
Desta vez, a crítica aconteceu na presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) --São Paulo e Minas Gerais são os únicos Estados que têm mais da metade dos alunos em escolas que adotam exclusivamente o método. Em 22 unidades da federação, esse percentual não chega a 10%. Lula já tinha atacado os ciclos no começo do mês, em Araras (SP), ao inaugurar uma fábrica.
O sistema substitui as séries tradicionais. O aluno só pode ser reprovado ao final de duas, três ou quatro séries. Parte dos especialistas consideram um avanço por garantir a permanência e o aprendizado; outra vê como tentativa de mascarar a repetência.
"Temos de reparar um erro histórico da educação no nosso país nos últimos anos. Se não é exigido nenhum teste, podemos estar formando analfabetos dentro da sala de aula", discursou Lula.
A gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) incentivou a adoção do sistema. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), aprovada em 1996, facultou aos Estados a implantação do sistema.
Lula voltou a afirmar que pediu ao ministro da Educação, Tarso Genro, que crie um método de avaliação no sistema fundamental. O presidente já demonstrou vontade de instituir provas anuais (ou semestrais), que seriam feitas por todos os 35,3 milhões de alunos do ensino fundamental.
Presentes
Durante a visita aos estandes da Bienal, Lula foi presenteado com livros do escritor Ziraldo, do geógrafo Milton Santos e do ex-deputado Dante de Oliveira (autor da emenda que instituía eleições diretas para a Presidência da República, durante o período de regime militar).
Mais discursos
O governador Geraldo Alckmin e a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, fizeram discursos parecidos, enfatizando a importância da leitura e lembrando que os brasileiros ainda não se interessam pelo assunto.
Alckmin disse que, até o fim do ano, irá construir bibliotecas nos municípios que ainda não as tenham.
Leia mais
Chalita diz que educação precisa de "mais dinheiro e não mais provas"
Especial
Saiba mais sobre a Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Lula chama de "erro histórico" sistema de ciclos
Publicidade
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como "erro histórico" o sistema de ciclos no ensino fundamental (1ª a 8ª série), nesta quinta-feira (15), durante a abertura da 18ª Bienal internacional do Livro de São Paulo.
Desta vez, a crítica aconteceu na presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) --São Paulo e Minas Gerais são os únicos Estados que têm mais da metade dos alunos em escolas que adotam exclusivamente o método. Em 22 unidades da federação, esse percentual não chega a 10%. Lula já tinha atacado os ciclos no começo do mês, em Araras (SP), ao inaugurar uma fábrica.
O sistema substitui as séries tradicionais. O aluno só pode ser reprovado ao final de duas, três ou quatro séries. Parte dos especialistas consideram um avanço por garantir a permanência e o aprendizado; outra vê como tentativa de mascarar a repetência.
"Temos de reparar um erro histórico da educação no nosso país nos últimos anos. Se não é exigido nenhum teste, podemos estar formando analfabetos dentro da sala de aula", discursou Lula.
A gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) incentivou a adoção do sistema. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), aprovada em 1996, facultou aos Estados a implantação do sistema.
Lula voltou a afirmar que pediu ao ministro da Educação, Tarso Genro, que crie um método de avaliação no sistema fundamental. O presidente já demonstrou vontade de instituir provas anuais (ou semestrais), que seriam feitas por todos os 35,3 milhões de alunos do ensino fundamental.
Presentes
Durante a visita aos estandes da Bienal, Lula foi presenteado com livros do escritor Ziraldo, do geógrafo Milton Santos e do ex-deputado Dante de Oliveira (autor da emenda que instituía eleições diretas para a Presidência da República, durante o período de regime militar).
Mais discursos
O governador Geraldo Alckmin e a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, fizeram discursos parecidos, enfatizando a importância da leitura e lembrando que os brasileiros ainda não se interessam pelo assunto.
Alckmin disse que, até o fim do ano, irá construir bibliotecas nos municípios que ainda não as tenham.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Avaliação reprova 226 faculdades do país pelo 4º ano consecutivo
- Dilma aprova lei que troca dívidas de universidades por bolsas
- Notas das melhores escolas paulistas despencam em exame; veja
- Universidades de SP divulgam calendário dos vestibulares 2013
- Mercadante diz que não há margem para reajuste maior aos docentes
+ Comentadas
- Câmara sinaliza absolvição de deputados envolvidos com Cachoeira
- Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
+ EnviadasÍndice