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16/04/2004
-
14h14
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha Online
A greve de professores e servidores das Fatecs (faculdades de tecnologia) e das ETEs (escolas técnicas), em São Paulo, completa dois meses nesta sexta-feira (16).
De acordo com o comando de greve, 11 mil alunos das Fatecs e 50 mil das ETEs estão sem aula. "Se isso continuar por mais duas semanas, o semestre será perdido", afirma o professor Celso Couto Júnior, que participa das negociações. "Não haveria tempo para reposição", completou.
As principais reivindicações dos educadores são 72,22% de reposição salarial e aumento da verba para as escolas. A Secretaria da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo diz que não pode atender ao pedido devido à Lei de Responsabilidade Fiscal --o governo estadual afirma estar no limite de gastos com a área.
O Centro Paula Souza, que administra as duas instituições de ensino, informou que os dias parados serão descontados. A bibliotecária da ETE Denise Rykala, que também participa das negociações, disse que os descontos já foram feitos no pagamento de fevereiro.
Caso os funcionários decidam repor o período parado, a negociação sobre o pagamento será feito individualmente pelas escolas, informou a assessoria de imprensa do Paula Souza.
Na próxima terça-feira está marcada uma nova assembléia do comando de greve. Não há nenhuma reunião programada entre os grevistas e a secretaria.
No Estado, existem 17 Fatecs e 105 ETEs. Oito faculdades têm paralisação total ou parcial; em relação às escolas técnicas, há divergência de dados: o comando de greve diz que 51 aderiram, e a secretaria, 35.
As escolas não entraram em greve de uma vez; boa parte começou no dia 16 de fevereiro, mas a Fatec da capital, por exemplo, iniciou em 3 de março.
Classificação
De acordo com o professor Couto, a maioria dos alunos apóia os pedidos de aumento dos salários dos educadores e maior verba para as escolas. "Além disso, o secretário [João Carlos de Souza Meirelles, da Tecnologia] demonstrou vontade de fazer com que a Fatec deixe de dar diplomas de graduação", disse.
A assessoria de imprensa do Paula Souza afirmou que não há nenhuma proposta com esse teor.
Crise
Segundo o comando de greve, chega a faltar material básico para as aulas, como cimento para instrução sobre construção civil. "Às vezes os professores precisam comprar o material do próprio bolso", afirmou Couto.
O Paula Souza respondeu afirmando que, nos último três anos, foram investidos R$ 45 milhões para manutenção das ETEs e Fatecs, valor classificado como suficiente pelo centro.
Vestibular
Caso o semestre letivo seja perdido, o vestibular para o segundo semestre da Fatec pode ser cancelado, já que não haveria espaço físico e professores para uma nova turma.
O processo seletivo está marcado para o dia 27 de junho; são oferecidas 2.640 vagas.
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Greve nas escolas técnicas em SP completa 2 meses
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da Folha Online
A greve de professores e servidores das Fatecs (faculdades de tecnologia) e das ETEs (escolas técnicas), em São Paulo, completa dois meses nesta sexta-feira (16).
De acordo com o comando de greve, 11 mil alunos das Fatecs e 50 mil das ETEs estão sem aula. "Se isso continuar por mais duas semanas, o semestre será perdido", afirma o professor Celso Couto Júnior, que participa das negociações. "Não haveria tempo para reposição", completou.
As principais reivindicações dos educadores são 72,22% de reposição salarial e aumento da verba para as escolas. A Secretaria da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo diz que não pode atender ao pedido devido à Lei de Responsabilidade Fiscal --o governo estadual afirma estar no limite de gastos com a área.
O Centro Paula Souza, que administra as duas instituições de ensino, informou que os dias parados serão descontados. A bibliotecária da ETE Denise Rykala, que também participa das negociações, disse que os descontos já foram feitos no pagamento de fevereiro.
Caso os funcionários decidam repor o período parado, a negociação sobre o pagamento será feito individualmente pelas escolas, informou a assessoria de imprensa do Paula Souza.
Na próxima terça-feira está marcada uma nova assembléia do comando de greve. Não há nenhuma reunião programada entre os grevistas e a secretaria.
No Estado, existem 17 Fatecs e 105 ETEs. Oito faculdades têm paralisação total ou parcial; em relação às escolas técnicas, há divergência de dados: o comando de greve diz que 51 aderiram, e a secretaria, 35.
As escolas não entraram em greve de uma vez; boa parte começou no dia 16 de fevereiro, mas a Fatec da capital, por exemplo, iniciou em 3 de março.
Classificação
De acordo com o professor Couto, a maioria dos alunos apóia os pedidos de aumento dos salários dos educadores e maior verba para as escolas. "Além disso, o secretário [João Carlos de Souza Meirelles, da Tecnologia] demonstrou vontade de fazer com que a Fatec deixe de dar diplomas de graduação", disse.
A assessoria de imprensa do Paula Souza afirmou que não há nenhuma proposta com esse teor.
Crise
Segundo o comando de greve, chega a faltar material básico para as aulas, como cimento para instrução sobre construção civil. "Às vezes os professores precisam comprar o material do próprio bolso", afirmou Couto.
O Paula Souza respondeu afirmando que, nos último três anos, foram investidos R$ 45 milhões para manutenção das ETEs e Fatecs, valor classificado como suficiente pelo centro.
Vestibular
Caso o semestre letivo seja perdido, o vestibular para o segundo semestre da Fatec pode ser cancelado, já que não haveria espaço físico e professores para uma nova turma.
O processo seletivo está marcado para o dia 27 de junho; são oferecidas 2.640 vagas.
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