Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/04/2005 - 10h35

72% dos calouros "top" fizeram cursinho; Anglo aprova mais

Publicidade

FÁTIMA FERNANDES
da Folha de S. Paulo

Não há como negar, os cursinhos são a porta de entrada para a USP. De cada 100 alunos aprovados na "elite da universidade", 72 passaram por cursinhos, segundo pesquisa do Datafolha.

Anglo, Etapa e Objetivo lideram, por ordem, a primeira, a segunda e a terceira colocações no ranking dos cursinhos que mais aprovam nas vagas mais disputadas da USP. De cada 100 aprovados neste ano, 63 passaram por um dos três. Dos alunos consultados pelo Datafolha, 30% fizeram cursinho no Anglo; 20%, no Etapa e 13%, no Objetivo.

Outros cursinhos, que ocupam da quarta à décima colocação no ranking, participam com menos de 3% cada um. O levantamento do Datafolha mostra que 27% dos alunos não fizeram cursinho.

Material didático atualizado, oficinas de redação, aulas de reforço para cursos mais concorridos, orientação para estudos em casa, palestras, professores preparados e simulados freqüentes são, segundo informam os cursinhos, as principais armas para colocar seus alunos nas principais universidades do país, como a USP.

Mas não é só isso. Para ver a sua participação crescer na lista de aprovados nas faculdades, os cursinhos admitem que estão sempre atrás dos melhores alunos.

Por meio de simulados em centenas de colégios de São Paulo, eles medem o grau de conhecimento dos estudantes. Aos que têm melhor desempenho nas provas, chegam a oferecer bolsa integral --isto é, curso gratuito.

O Anglo abre concursos para bolsas em dezembro e em fevereiro e realiza provas em cerca de 150 colégios particulares e públicos para avaliar os alunos. O Etapa faz campanha o ano inteiro nos colégios e realiza exames para bolsas de estudo seis vezes por ano.

O Objetivo faz simulados em cerca de cem escolas em São Paulo e também abre inscrições pela internet para participação de estudantes em seus simulados.

A disputa pelos primeiros colocados no vestibular vira, muitas vezes, guerras publicitárias.

Além de tentar atrair os melhores alunos, muitos cursinhos classificam os estudantes em turmas, segundo o desempenho. No Anglo, a divisão é feita em três níveis: A, B e C. "Com turmas homogêneas, os alunos tiram o máximo proveito de cada disciplina", defende o professor Nicolau Marmo, coordenador-geral do Anglo.

No Etapa, são feitos simulados a cada 15 dias e os alunos são classificados nas faixas A, B , C+, C-, D e E. "Para que o vestibulando saiba o quanto está assimilando nas aulas, fazemos simulados. Se o aluno quer ser médico, tem de estar nas faixas A, B e C+", diz Carlos Eduardo Bindi, diretor do Etapa.

Cada cursinho tenta oferecer, além do cardápio básico, alguns diferenciais. O Anglo dá cargas horárias diferentes por área escolhida --a turma de humanas tem mais história e geografia; exatas, matemática e física. O Etapa oferece um guia para orientação do estudo em casa, além de um plantão virtual. Se o estudante não sabe resolver uma questão, pode recorrer à internet.

O Objetivo oferece 13 tipos de cursos pré-vestibulares. São versões para quem quer cursar medicina, engenharia ou ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica).

"A recomendação básica é que o aluno assista às aulas e estude em casa. Dizemos: "Faça sua tarefa o ano inteiro e sorria em janeiro'", afirma o professor Caio Sérgio Calçada, coordenador da unidade do Objetivo da Paulista.

No Anglo as apostilas são uma das "fórmulas mágicas" para o cursinho conseguir aprovar tanta gente no vestibular. Divididas em duas, uma de teoria e outra de exercícios, as apostilas não apenas revisam as matérias, mas também orientam o aluno sobre o melhor modo de estudar.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o vestibular 2005
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página