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26/08/2005
-
09h09
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
No primeiro dia de greve na USP por mais verbas para a educação, serviços como alimentação, transporte e bibliotecas foram prejudicados com a paralisação dos funcionários. Parte dos estudantes apoiou o movimento, boicotando as aulas. A paralisação será ampliada hoje, quando começa a greve dos professores.
Cerca de 70% dos 8.000 funcionários da capital não trabalharam, segundo o Sintusp (sindicato da categoria). A USP não fez um balanço, mas afirmou que esse número é menor. No interior do Estado, ainda de acordo com a universidade, o dia foi normal.
No campus central, não funcionaram os "bandejões", que servem 10 mil refeições por dia, e o ônibus circular. No serviço nas unidades de ensino, a maior adesão ocorreu na ECA (Escola de Comunicações e Artes).
A paralisação nessa unidade irritou o aluno da pós-graduação João Kulcsar, 44. Ele chegou mais cedo à escola para pegar documentos e usar a biblioteca --os dois não estavam funcionando. "É absurdo. Deveria haver maneiras mais criativas para protestar."
Alunos
A reportagem constatou que praticamente todas as salas de aula na ECA e na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) estavam vazias na tarde de ontem devido à greve dos alunos. O DCE (Diretório Central Estudantil) disse que houve paralisação também nos cursos de educação física, de biologia e de física.
Os grevistas protestam contra o veto do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre o mecanismo que permitia o aumento de recursos fixos para a educação. O movimento busca também pressionar os deputados, que podem reverter a medida.
A elevação da verba destinada à educação está prevista na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para o ano que vem, aprovada pela Assembléia Legislativa.
O trecho do texto vetado por Alckmin diz que a verba para o ensino deveria subir de 30% para 31% do Orçamento. Dentro desse percentual haveria um crescimento da vinculação de verbas para a USP, a Unesp e a Unicamp, que passariam a receber 10% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), em vez dos 9,57% atuais. A votação que pode derrubar o veto deve ocorrer na próxima semana.
O tucano afirmou ontem que o governo já destina uma verba extra para as universidades, por meio de recursos para a expansão dessas instituições.
"Acho que não devemos cravar no orçamento um percentual mais alto, porque não me parece adequado o Estado engessar mais o dinheiro", declarou Alckmin, durante evento em um trecho da obra de expansão do metrô, na zona oeste de São Paulo.
Unicamp e Unesp
Na Unicamp, os professores decidem na próxima quarta-feira se darão início à greve. Conforme o relato da presidente da associação de docentes, Maria Aparecida Affonso Moisés, a categoria já havia decidido em assembléia ontem por um indicativo de greve, mas até a próxima quarta as aulas continuarão normalmente.
Na Unesp, ontem houve paralisação parcial nos campi de Marília e de Assis. Novas assembléias estão marcadas para os próximos dias, que poderão ampliar a greve para outras unidades.
Colaboraram LUÍSA BRITO, da Reportagem Local, e a Agência Folha
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a USP
Greve na USP paralisa ônibus e bibliotecas
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da Folha de S.Paulo
No primeiro dia de greve na USP por mais verbas para a educação, serviços como alimentação, transporte e bibliotecas foram prejudicados com a paralisação dos funcionários. Parte dos estudantes apoiou o movimento, boicotando as aulas. A paralisação será ampliada hoje, quando começa a greve dos professores.
Cerca de 70% dos 8.000 funcionários da capital não trabalharam, segundo o Sintusp (sindicato da categoria). A USP não fez um balanço, mas afirmou que esse número é menor. No interior do Estado, ainda de acordo com a universidade, o dia foi normal.
No campus central, não funcionaram os "bandejões", que servem 10 mil refeições por dia, e o ônibus circular. No serviço nas unidades de ensino, a maior adesão ocorreu na ECA (Escola de Comunicações e Artes).
A paralisação nessa unidade irritou o aluno da pós-graduação João Kulcsar, 44. Ele chegou mais cedo à escola para pegar documentos e usar a biblioteca --os dois não estavam funcionando. "É absurdo. Deveria haver maneiras mais criativas para protestar."
Alunos
A reportagem constatou que praticamente todas as salas de aula na ECA e na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) estavam vazias na tarde de ontem devido à greve dos alunos. O DCE (Diretório Central Estudantil) disse que houve paralisação também nos cursos de educação física, de biologia e de física.
Os grevistas protestam contra o veto do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre o mecanismo que permitia o aumento de recursos fixos para a educação. O movimento busca também pressionar os deputados, que podem reverter a medida.
A elevação da verba destinada à educação está prevista na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para o ano que vem, aprovada pela Assembléia Legislativa.
O trecho do texto vetado por Alckmin diz que a verba para o ensino deveria subir de 30% para 31% do Orçamento. Dentro desse percentual haveria um crescimento da vinculação de verbas para a USP, a Unesp e a Unicamp, que passariam a receber 10% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), em vez dos 9,57% atuais. A votação que pode derrubar o veto deve ocorrer na próxima semana.
O tucano afirmou ontem que o governo já destina uma verba extra para as universidades, por meio de recursos para a expansão dessas instituições.
"Acho que não devemos cravar no orçamento um percentual mais alto, porque não me parece adequado o Estado engessar mais o dinheiro", declarou Alckmin, durante evento em um trecho da obra de expansão do metrô, na zona oeste de São Paulo.
Unicamp e Unesp
Na Unicamp, os professores decidem na próxima quarta-feira se darão início à greve. Conforme o relato da presidente da associação de docentes, Maria Aparecida Affonso Moisés, a categoria já havia decidido em assembléia ontem por um indicativo de greve, mas até a próxima quarta as aulas continuarão normalmente.
Na Unesp, ontem houve paralisação parcial nos campi de Marília e de Assis. Novas assembléias estão marcadas para os próximos dias, que poderão ampliar a greve para outras unidades.
Colaboraram LUÍSA BRITO, da Reportagem Local, e a Agência Folha
Especial
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