Publicidade
Publicidade
22/10/2005
-
08h58
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
Os professores da rede estadual paulista decidiram ontem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira. A principal reivindicação é que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) desista de alterar os contratos dos professores e dos servidores temporários.
O governo enviou no começo deste mês uma proposta para a Assembléia Legislativa que previa que esses trabalhadores fossem contratados por seis meses, com a possibilidade de renovação por mais seis meses. Após esse período, o servidor teria de ficar dois anos fora da rede.
Atualmente, os funcionários com esses contratos podem trabalhar por tempo indeterminado, desde que haja aulas disponíveis. A Apeoesp (sindicato dos professores) avaliou que a medida poderia causar a demissão de 120 mil docentes --número de trabalhadores com esse tipo de contrato. A rede possui cerca de 230 mil professores. Alckmin recuou e retirou a proposta para estudá-la.
A paralisação dos docentes ocorrerá para exigir que o governo desista definitivamente do projeto. "Eles querem negociar, mas nesse caso não há o que negociar", disse o presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro. "Esse pessoal não pode ir para a rua."
Outra reivindicação é a efetivação dos professores aprovados nos concursos de 2003 e deste ano que ainda não foram chamados.
A greve foi aprovada ontem em assembléia realizada no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Segundo a Polícia Militar, 3.000 pessoas participaram do ato; a Apeoesp contabilizou 20 mil.
Durante a manifestação, houve confusão entre os próprios professores, devido à possibilidade de o sindicato comprar uma casa para hospedar membros da entidade que precisem passar algum tempo na capital. Os docentes trocaram empurrões e disputaram o microfone do carro de som.
Depois da votação na Paulista, os manifestantes seguiram em passeata até a praça da República, onde fica a Secretaria da Educação. O deslocamento gerou congestionamento na região central.
Uma nova assembléia está marcada para a próxima quinta-feira, quando será decidido se a greve irá prosseguir.
Outro lado
Por meio de nota, a secretaria da Educação considerou a greve "precipitada", pois há negociação entre técnicos da pasta e representantes dos professores para decidir o assunto.
O secretário Gabriel Chalita se comprometeu a apresentar uma nova proposta apenas depois de ouvir as sugestões dos docentes.
A nota afirma ainda que a Secretaria da Educação, "brevemente", fará a efetivação de 19 mil professores aprovados no concurso realizado em 2003. O texto cita também que foram aprovados 67 mil professores em um exame aplicado neste ano, mas não informa quando eles serão chamados.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre greve de professores
Professores do Estado entram em greve na 2ª
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Os professores da rede estadual paulista decidiram ontem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira. A principal reivindicação é que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) desista de alterar os contratos dos professores e dos servidores temporários.
O governo enviou no começo deste mês uma proposta para a Assembléia Legislativa que previa que esses trabalhadores fossem contratados por seis meses, com a possibilidade de renovação por mais seis meses. Após esse período, o servidor teria de ficar dois anos fora da rede.
Atualmente, os funcionários com esses contratos podem trabalhar por tempo indeterminado, desde que haja aulas disponíveis. A Apeoesp (sindicato dos professores) avaliou que a medida poderia causar a demissão de 120 mil docentes --número de trabalhadores com esse tipo de contrato. A rede possui cerca de 230 mil professores. Alckmin recuou e retirou a proposta para estudá-la.
A paralisação dos docentes ocorrerá para exigir que o governo desista definitivamente do projeto. "Eles querem negociar, mas nesse caso não há o que negociar", disse o presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro. "Esse pessoal não pode ir para a rua."
Outra reivindicação é a efetivação dos professores aprovados nos concursos de 2003 e deste ano que ainda não foram chamados.
A greve foi aprovada ontem em assembléia realizada no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Segundo a Polícia Militar, 3.000 pessoas participaram do ato; a Apeoesp contabilizou 20 mil.
Durante a manifestação, houve confusão entre os próprios professores, devido à possibilidade de o sindicato comprar uma casa para hospedar membros da entidade que precisem passar algum tempo na capital. Os docentes trocaram empurrões e disputaram o microfone do carro de som.
Depois da votação na Paulista, os manifestantes seguiram em passeata até a praça da República, onde fica a Secretaria da Educação. O deslocamento gerou congestionamento na região central.
Uma nova assembléia está marcada para a próxima quinta-feira, quando será decidido se a greve irá prosseguir.
Outro lado
Por meio de nota, a secretaria da Educação considerou a greve "precipitada", pois há negociação entre técnicos da pasta e representantes dos professores para decidir o assunto.
O secretário Gabriel Chalita se comprometeu a apresentar uma nova proposta apenas depois de ouvir as sugestões dos docentes.
A nota afirma ainda que a Secretaria da Educação, "brevemente", fará a efetivação de 19 mil professores aprovados no concurso realizado em 2003. O texto cita também que foram aprovados 67 mil professores em um exame aplicado neste ano, mas não informa quando eles serão chamados.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Avaliação reprova 226 faculdades do país pelo 4º ano consecutivo
- Dilma aprova lei que troca dívidas de universidades por bolsas
- Notas das melhores escolas paulistas despencam em exame; veja
- Universidades de SP divulgam calendário dos vestibulares 2013
- Mercadante diz que não há margem para reajuste maior aos docentes
+ Comentadas
- Câmara sinaliza absolvição de deputados envolvidos com Cachoeira
- Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
+ EnviadasÍndice