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29/11/2005
-
10h44
ALEXANDRE NOBESCHI
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
Ainda é cedo para saber se a nota de corte da Fuvest vai crescer, se estabilizar ou cair, mas Roberto Costa, o coordenador do vestibular que seleciona para a USP, a Santa Casa e a Academia de Polícia Militar do Barro Branco, diz acreditar que o número mínimo de pontos para a convocação para a segunda fase suba.
"Tenho a impressão de que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi mais fácil neste ano para os alunos que prestaram a Fuvest. Isso pode aumentar a nota de corte", afirma.
Na contramão dessa análise, está um levantamento elaborado pelo cursinho Etapa. Desde o final da primeira fase, anteontem, os candidatos interessados podiam, por meio do site do cursinho (www.etapa.com.br), colocar a nota do Enem e a da Fuvest e calcular sua pontuação.
Até o final da noite de ontem, 4.592 vestibulandos haviam preenchido seus dados. "As médias dos candidatos em 2006 estão cinco pontos menores do que as de 2005, bem semelhantes ao que foi a Fuvest de 2004. Isso indica que as notas de corte deverão cair", avalia o coordenador do cursinho, Carlos Eduardo Bindi.
O professor enfatiza que as médias calculadas pelo site não são a nota de corte, mas indicam uma tendência. "Neste ano, a média de medicina está em 70,3 pontos. Em 2005, foi de 75,2 e, em 2004, 70,4", diz Bindi. A nota de corte do curso em 2004 foi de 78; no ano seguinte, subiu para 81.
A hipótese formulada por Bindi é que a queda de pontos se deva à extensão do exame da Fuvest. "Neste ano, a prova teve mais texto, foi mais demorada, cansativa. Os candidatos ficaram mais esgotados", afirma.
Variáveis
Roberto Costa explica que são três variáveis que podem influenciar na nota de corte: uma deles é a própria Fuvest, que pode ser mais fácil ou difícil; a outra é o nível dos alunos que prestaram a prova; e a terceira é o Enem.
Para ele, como o nível de dificuldade dos cem testes foi semelhante ao do vestibular do ano passado e como o padrão dos alunos se manteve, só a prova do MEC (Ministério da Educação) fica como "elemento surpresa".
Na última semana, o MEC informou que, em média, as notas da parte objetiva do Enem --que são consideradas no cálculo dos pontos da primeira fase da Fuvest-- caíram com relação ao exame passado. No entanto, Costa avalia que, para os candidatos a vagas na USP, o fenômeno não deve ser o mesmo.
"Neste ano, o Enem teve um número muito grande de candidatos, isso explicaria por que a nota caiu. Quanto mais candidatos, maior a tendência de baixar a média. Muitos dos que se inscreveram normalmente não fariam a prova e poderiam estar menos preparados", diz.
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Fuvest prevê que a nota de corte suba
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SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
Ainda é cedo para saber se a nota de corte da Fuvest vai crescer, se estabilizar ou cair, mas Roberto Costa, o coordenador do vestibular que seleciona para a USP, a Santa Casa e a Academia de Polícia Militar do Barro Branco, diz acreditar que o número mínimo de pontos para a convocação para a segunda fase suba.
"Tenho a impressão de que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi mais fácil neste ano para os alunos que prestaram a Fuvest. Isso pode aumentar a nota de corte", afirma.
Na contramão dessa análise, está um levantamento elaborado pelo cursinho Etapa. Desde o final da primeira fase, anteontem, os candidatos interessados podiam, por meio do site do cursinho (www.etapa.com.br), colocar a nota do Enem e a da Fuvest e calcular sua pontuação.
Até o final da noite de ontem, 4.592 vestibulandos haviam preenchido seus dados. "As médias dos candidatos em 2006 estão cinco pontos menores do que as de 2005, bem semelhantes ao que foi a Fuvest de 2004. Isso indica que as notas de corte deverão cair", avalia o coordenador do cursinho, Carlos Eduardo Bindi.
O professor enfatiza que as médias calculadas pelo site não são a nota de corte, mas indicam uma tendência. "Neste ano, a média de medicina está em 70,3 pontos. Em 2005, foi de 75,2 e, em 2004, 70,4", diz Bindi. A nota de corte do curso em 2004 foi de 78; no ano seguinte, subiu para 81.
A hipótese formulada por Bindi é que a queda de pontos se deva à extensão do exame da Fuvest. "Neste ano, a prova teve mais texto, foi mais demorada, cansativa. Os candidatos ficaram mais esgotados", afirma.
Variáveis
Roberto Costa explica que são três variáveis que podem influenciar na nota de corte: uma deles é a própria Fuvest, que pode ser mais fácil ou difícil; a outra é o nível dos alunos que prestaram a prova; e a terceira é o Enem.
Para ele, como o nível de dificuldade dos cem testes foi semelhante ao do vestibular do ano passado e como o padrão dos alunos se manteve, só a prova do MEC (Ministério da Educação) fica como "elemento surpresa".
Na última semana, o MEC informou que, em média, as notas da parte objetiva do Enem --que são consideradas no cálculo dos pontos da primeira fase da Fuvest-- caíram com relação ao exame passado. No entanto, Costa avalia que, para os candidatos a vagas na USP, o fenômeno não deve ser o mesmo.
"Neste ano, o Enem teve um número muito grande de candidatos, isso explicaria por que a nota caiu. Quanto mais candidatos, maior a tendência de baixar a média. Muitos dos que se inscreveram normalmente não fariam a prova e poderiam estar menos preparados", diz.
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