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31/12/2005
-
09h19
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
A reitora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Maura Véras, afirmou ontem que pode haver atraso nos pagamentos dos professores da instituição em janeiro de 2006. O processo de demissões dos docentes --que continuará em vigor-- e o adiamento dos salários são conseqüências do endividamento da instituição.
Com uma dívida de R$ 82 milhões, junto ao Bradesco e ao ABN Amro Bank, e mais o déficit mensal de cerca de R$ 4 milhões, a entidade sofre para colocar as finanças em dia. Da receita, que é de R$ 22,2 milhões por mês, 76% são gastos com a folha de pagamento dos docentes. Daí, segundo a reitoria, a necessidade de cortes e o risco do atraso de salários. "Minha bola de cristal diz que tudo é possível. Não temos a resposta para este mês", afirmou Véras.
"Nós estamos prejudicados e não há o que fazer", diz o diretor da Apropuc (associação dos professores), Erson Martins de Oliveira. "Em janeiro, provavelmente não vai haver salário e as demissões vão continuar. Nós tínhamos proposto a redução de salários, mas a reitoria não quis."
Estão em curso 47 processos de demissão voluntária, dos quais 23 já foram confirmados. Mais 40 docentes devem perder seus cargos indicados pelos departamentos. A entidade mantém 1.900 professores e o plano de demissão voluntária seguirá até janeiro, com chance de prorrogação.
O salário médio dos professores, sem as gratificações, varia de R$ 4.100 a R$ 9.800. A Apropuc estima que o número de demissões alcance 200 docentes. Os cortes entre funcionários atingiram 262, de um total de 1.300.
Segundo o cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, também grão-chanceler da PUC, a dívida vem de um "processo histórico" na administração da entidade. "Chegamos em certo ponto que é preciso sanear as finanças. A PUC está preparada para iniciar o ano com equilíbrio orçamentário sem prejuízo das atividades acadêmicas."
A expansão da PUC para novos campi, como o de Barueri (na Grande São Paulo), aprovado ontem, está assegurada, segundo com a reitora. Ela afirma que uma das formas de aumentar a receita é com parcerias e oferta de serviços, como consultoria.
A evasão de estudantes, cujas mensalidades respondem por 90% da receita da entidade, foi 10% maior que em 2004. O reajuste foi de 3%, com desconto aos alunos que pagarem em dia.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a PUC
PUC de São Paulo pode atrasar o salário dos professores em janeiro
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da Folha de S.Paulo
A reitora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Maura Véras, afirmou ontem que pode haver atraso nos pagamentos dos professores da instituição em janeiro de 2006. O processo de demissões dos docentes --que continuará em vigor-- e o adiamento dos salários são conseqüências do endividamento da instituição.
Com uma dívida de R$ 82 milhões, junto ao Bradesco e ao ABN Amro Bank, e mais o déficit mensal de cerca de R$ 4 milhões, a entidade sofre para colocar as finanças em dia. Da receita, que é de R$ 22,2 milhões por mês, 76% são gastos com a folha de pagamento dos docentes. Daí, segundo a reitoria, a necessidade de cortes e o risco do atraso de salários. "Minha bola de cristal diz que tudo é possível. Não temos a resposta para este mês", afirmou Véras.
"Nós estamos prejudicados e não há o que fazer", diz o diretor da Apropuc (associação dos professores), Erson Martins de Oliveira. "Em janeiro, provavelmente não vai haver salário e as demissões vão continuar. Nós tínhamos proposto a redução de salários, mas a reitoria não quis."
Estão em curso 47 processos de demissão voluntária, dos quais 23 já foram confirmados. Mais 40 docentes devem perder seus cargos indicados pelos departamentos. A entidade mantém 1.900 professores e o plano de demissão voluntária seguirá até janeiro, com chance de prorrogação.
O salário médio dos professores, sem as gratificações, varia de R$ 4.100 a R$ 9.800. A Apropuc estima que o número de demissões alcance 200 docentes. Os cortes entre funcionários atingiram 262, de um total de 1.300.
Segundo o cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, também grão-chanceler da PUC, a dívida vem de um "processo histórico" na administração da entidade. "Chegamos em certo ponto que é preciso sanear as finanças. A PUC está preparada para iniciar o ano com equilíbrio orçamentário sem prejuízo das atividades acadêmicas."
A expansão da PUC para novos campi, como o de Barueri (na Grande São Paulo), aprovado ontem, está assegurada, segundo com a reitora. Ela afirma que uma das formas de aumentar a receita é com parcerias e oferta de serviços, como consultoria.
A evasão de estudantes, cujas mensalidades respondem por 90% da receita da entidade, foi 10% maior que em 2004. O reajuste foi de 3%, com desconto aos alunos que pagarem em dia.
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