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02/02/2006 - 09h52

FGV também decide demitir professores

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FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

Após a PUC-SP, agora é a vez da FGV-SP reduzir sua folha de pagamento. A escola de administração da Getúlio Vargas informou ontem que 16 dos seus 300 professores foram demitidos, para que haja uma "adequação de custos".

"A FGV tem um número confortável de docentes. Alguns estavam subaproveitados", afirmou o advogado Décio Freire, que representa a fundação e foi designado pela escola para falar sobre o corte. "Não há crise financeira."

A faculdade informou que os docentes foram demitidos sem justa causa e receberão todos os seus direitos trabalhistas.

O curso de administração da GV de São Paulo possui 1.600 alunos, com mensalidade de R$ 1.840. O diretório acadêmico da escola não se pronunciou ontem.

Cada curso da FGV-SP possui uma estrutura independente. Por isso, não há relação do corte dos 16 docentes com a demissão do professor Marcelo Neves da escola de direito --fato que causou protestos internacionais, conforme a Folha informou em janeiro.

A FGV e a PUC possuem um tipo de contrato diferente das demais universidades privadas. Parte do tempo dos docentes é destinado para pesquisas e preparação de aulas. O normal na rede privada é os docentes receberem apenas pelas aulas dadas.

Além disso, os salários nas duas escolas são mais altos do que a média. Na PUC, a maior parte dos docentes recebem de R$ 4 mil a R$ 10 mil. O Sinpro-SP (sindicato dos professores) afirma que os valores na FGV são semelhantes.

Para o consultor em ensino superior Carlos Monteiro, tanto a PUC-SP quanto a FGV possuem estruturas inchadas. "Nas melhores escolas da França, há um professor para cada 32 alunos." Na FGV há perto de um docente para cada cinco estudantes; na PUC, a proporção é de um para cada 11.

Já Celso Napolitano, diretor do Sinpro-SP, discorda da comparação. "A crise na PUC é muito mais séria e estrutural."

Após ter iniciado um programa de demissão voluntária como parte dos ajustes para reduzir um déficit mensal de R$ 4 milhões, a PUC confirmou ontem que cerca de 10% de seus 1.900 professores serão demitidos.

Além dos cortes, também estão ocorrendo reduções dos contratos dos professores. O programa de demissão voluntária já teve a adesão de 71 profissionais --estes estão dentro da meta dos 10%.

Outra universidade paulista que passa por problemas é a Unicastelo (Universidade Camilo Castelo Branco), que possui 9.000 alunos em todo o Estado. Segundo o Sinpro-SP, 200 dos 700 professores foram demitidos. A universidade confirmou as demissões, mas não divulgou o número.

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