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07/02/2006
-
09h27
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
Após quase três anos, a PUC-SP voltou a atrasar parte do pagamento dos seus funcionários, resultado da pior crise financeira da universidade. Desde 2003, só o salário dos docentes era parcelado.
A instituição tem uma dívida bancária de R$ 82 milhões e um déficit mensal de R$ 4 milhões.
Ontem, a reitoria depositou apenas R$ 1.100, referentes ao mês de janeiro, para cada um dos trabalhadores da instituição, independentemente do cargo ou do salário total. Estimativa da Afapuc (sindicato dos funcionários) aponta que 65% da categoria recebe acima desse valor. No corpo docente, a maioria ganha entre R$ 4.000 e R$ 10 mil.
A reitoria informou que atrasou os salários da maioria dos trabalhadores da universidade porque precisou pagar R$ 4,7 milhões aos bancos neste mês, referente a uma parcela dos juros da dívida.
A folha de pagamento representa 94% da receita da instituição. Por meio de nota, a reitora da PUC, Maura Véras, afirmou que se fosse pago integralmente o salário dos funcionários, haveria "a situação inédita da parcela dedicada à folha docente ser próxima de zero". Ou seja, não haveria recursos para o pagamento, nem mesmo parcial, dos professores.
Véras disse que deve depositar o restante do pagamento dos funcionários até a próxima segunda, e o dos professores, até o fim do mês. "Estamos promovendo todos os ajustes financeiros necessários para equacionar a situação financeira da universidade."
O sindicato dos funcionários marcou para amanhã uma assembléia em que será votada a paralisação das atividades como forma de protesto. "Uma universidade que já cortou R$ 3,2 milhões em folha de pagamento não pode atrasar salário", disse o presidente da Afapuc, Anselmo Antonio da Silva. Ele se refere à reestruturação pela qual passa a universidade. Desde o começo da gestão da reitora Véras, iniciada no final de 2004, 299 dos cerca de 1.300 funcionários foram demitidos (número não confirmado pela reitoria). A entidade cortará ainda 10% dos cerca de 1.900 professores.
Na semana passada, ao apresentar os resultados para o Conselho Universitário (principal órgão da instituição), a reitora disse que os cortes foram definidos após análise dos próprios departamentos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a PUC-SP
PUC agora atrasa salário de funcionários
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da Folha de S.Paulo
Após quase três anos, a PUC-SP voltou a atrasar parte do pagamento dos seus funcionários, resultado da pior crise financeira da universidade. Desde 2003, só o salário dos docentes era parcelado.
A instituição tem uma dívida bancária de R$ 82 milhões e um déficit mensal de R$ 4 milhões.
Ontem, a reitoria depositou apenas R$ 1.100, referentes ao mês de janeiro, para cada um dos trabalhadores da instituição, independentemente do cargo ou do salário total. Estimativa da Afapuc (sindicato dos funcionários) aponta que 65% da categoria recebe acima desse valor. No corpo docente, a maioria ganha entre R$ 4.000 e R$ 10 mil.
A reitoria informou que atrasou os salários da maioria dos trabalhadores da universidade porque precisou pagar R$ 4,7 milhões aos bancos neste mês, referente a uma parcela dos juros da dívida.
A folha de pagamento representa 94% da receita da instituição. Por meio de nota, a reitora da PUC, Maura Véras, afirmou que se fosse pago integralmente o salário dos funcionários, haveria "a situação inédita da parcela dedicada à folha docente ser próxima de zero". Ou seja, não haveria recursos para o pagamento, nem mesmo parcial, dos professores.
Véras disse que deve depositar o restante do pagamento dos funcionários até a próxima segunda, e o dos professores, até o fim do mês. "Estamos promovendo todos os ajustes financeiros necessários para equacionar a situação financeira da universidade."
O sindicato dos funcionários marcou para amanhã uma assembléia em que será votada a paralisação das atividades como forma de protesto. "Uma universidade que já cortou R$ 3,2 milhões em folha de pagamento não pode atrasar salário", disse o presidente da Afapuc, Anselmo Antonio da Silva. Ele se refere à reestruturação pela qual passa a universidade. Desde o começo da gestão da reitora Véras, iniciada no final de 2004, 299 dos cerca de 1.300 funcionários foram demitidos (número não confirmado pela reitoria). A entidade cortará ainda 10% dos cerca de 1.900 professores.
Na semana passada, ao apresentar os resultados para o Conselho Universitário (principal órgão da instituição), a reitora disse que os cortes foram definidos após análise dos próprios departamentos.
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