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18/02/2006 - 10h24

Igreja demite mais 322 professores da PUC

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FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

A Igreja Católica, por meio da Fundação São Paulo, informou ontem que 322 professores e 114 funcionários da PUC-SP serão demitidos. Os números representam, respectivamente, 18,2% e 9,1% do total do quadro.

Considerando os cortes anteriores, feitos pela própria universidade, a instituição perdeu cerca de 30% de seus docentes e funcionários desde novembro.

A Arquidiocese de São Paulo, à qual a PUC é vinculada, afirmou que essa é a última lista de cortes na universidade, que busca acabar com um déficit mensal de R$ 4 milhões e que possui uma dívida bancária de R$ 82 milhões, acumulada desde a década passada.

A reitora da PUC, Maura Véras, disse que a relação foi feita pelos membros nomeados pela igreja para reestruturar a universidade --ou seja, sem a participação da instituição. Ela afirmou que viu a lista anteontem. "Levei um susto. Muitos nomes dali eu considero importantes para nós."

O secretário de comunicação da Arquidiocese, padre Juarez de Castro, nega e diz que a lista foi feita conjuntamente com Véras --eleita por professores, funcionários e estudantes em 2004.

Desde novembro passado, as unidades da PUC discutem como atender à exigência dos bancos de acabar com o déficit mensal de R$ 4 milhões. A proposta formulada representou uma economia de R$ 3,1 milhões (78% da meta).

Como os bancos não aceitaram esse corte, dom Cláudio Hummes (que ocupa o principal cargo da PUC e da Fundação São Paulo, mantenedora da universidade) mudou a composição da Secretaria Executiva, órgão responsável pela gestão da escola, concentrando os poderes nas mãos de dois padres. O ajuste ficou a cargo deles. O padre Juarez disse que os demitidos, em sua maioria, eram aposentados, com mais idade ou tinham outro emprego e que alguns setores serão terceirizados.

Para docentes, funcionários e alunos, houve uma intervenção da igreja na instituição. A Arquidiocese nega, alegando que Véras continua como membro da Secretaria Executiva e participou da reestruturação. Os demitidos começaram a ser avisados anteontem por telefone, uma vez que as aulas só voltam em 2 de março. Ontem, houve protestos na universidade. Na semana que vem, haverá assembléias para definir se ocorrerá greve.

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