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22/02/2006 - 19h45

Conselho da PUC-SP rejeita demissões propostas pela Igreja Católica

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da Folha Online

O Conselho Universitário da PUC-SP decidiu nesta quarta-feira revogar a demissão de 322 professores e 114 funcionários anunciada pela Fundação São Paulo, mantenedora da universidade ligada à Igreja Católica. Com o corte, o quadro de docentes de funcionários diminuiria 30%.

Os cortes pretendem reduzir o déficit mensal de R$ 4 milhões da PUC, segundo pedido dos credores a quem a instituição deve R$ 82 milhões, acumulados desde a década passada.

Desde o início da crise, 121 professores saíram no Programa de Demissões Voluntárias e outros 140 foram demitidos pela reitoria, conforme negociação com os departamentos de ensino. As medidas haviam reduzido o déficit para R$ 3,13 milhões --78% da meta--, segundo a universidade.

Como os bancos exigiam déficit zero, dom Cláudio Hummes (que ocupa o principal cargo da PUC e da Fundação São Paulo) mudou a composição da Secretaria Executiva, órgão que gere a escola, concentrando o poder nas mãos de dois padres. As novas demissões ficaram a cargo deles.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a fundação informou, na época, que os novos demitidos eram aposentados, com mais idade ou tinham outro emprego e que alguns setores seriam terceirizados.

Impasse

"Mesmo reconhecendo sua necessidade, não assumirei os cortes que estão sendo realizados pela Secretaria da Fundação, pelo fato de não terem sido feitos pelo método pactuado com as instâncias deliberativas da PUC-SP", afirmou a reitora Maura Pardini Bicudo Véras no último dia 17, durante pronunciamento ao Conselho Universitário.

Nesta quarta, o Conselho se alinhou à postura da reitora e rejeitou a nova lista de demissões.

Para docentes, funcionários e alunos, houve uma intervenção da igreja na instituição. Porém, a Arquidiocese de São Paulo nega, alegando que Véras integra a Secretaria Executiva e participou da reestruturação.

No último dia 21, professores e funcionários da PUC-SP decidiram em assembléia que não assumirão nenhuma disciplina ou atividade que era ministrada pelos colegas demitidos nem realizar processos de contratação de outros docentes.

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