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02/03/2006 - 18h56

Prestígio da PUC permanece apesar de problemas, avalia jornalista

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da Folha Online

O jornalista da Folha de S.Paulo Fábio Takahashi, 25, participou nesta quinta-feira de um bate-papo com 998 internautas sobre a crise na PUC-SP. Ele disse acreditar que a imagem da instituição como referência de ensino não será prejudicada, embora ela deva enfrentar problemas no início deste ano letivo.

Sob a intervenção da Igreja Católica, desde o início do ano, a universidade --cujo déficit mensal é de aproximadamente de R$ 4 milhões-- já foi obrigada a cortar 30% de seu quadro de professores e funcionários para cumprir metas dos bancos credores.

"Claro que o 'tombo' foi grande, mas a PUC deve se manter como uma referência no ensino. Ela é uma das poucas universidades privadas em que os professores têm tempo para se dedicar à pesquisa, o que faz diferença na hora de ensinar. Isso se mantém."

Para Takahashi, o maior problema da PUC enfrenta no momento é "distribuir as disciplinas entre os professores, já que quase 30% dos docentes foram demitidos. A reitoria diz que a situação está relativamente contornada". "Deverá haver dificuldades, sim, mas não acredito que a queda seja tão acentuada que o curso de direito deixe de ser um dos melhores do país."

O jornalista afirma que, há cerca de 20 anos, quando ainda recebia verbas estatais, a PUC conseguia "manter uma estrutura maior do que as demais universidades particulares, com certa tranqüilidade". O problema começou com a perda dos subsídios e se agravou em 2003, "quando os salários dos professores começaram a sofrer constantes atrasos".

"O diagnóstico que mais se ouve na universidade é que ela cresceu academicamente, mas a gestão para isso não acompanhou. E isso vem de décadas. Só que a situação agora ficou insustentável. Imagina um déficit mensal de R$ 4 milhões, sendo que as receitas são de R$ 22 milhões?"

Intervenção

Os primeiros cortes anunciados pela reitoria da universidade derrubavam apenas parte do déficit e não todo ele, como exigiam os bancos credores. Como é fiadora da dívida bancária da universidade, a Igreja Católica interveio e determinou novas demissões.

Embora reconheça as dificuldades enfrentadas pela reitora Maura Véras em embates contra a Igreja, Takahashi acredita que, permanecendo no cargo, ela ainda concentra algum poder de negociação.

"Com a nova formação da Fundação São Paulo (com dois padres e a reitora), a reitora é voto vencido nas questões polêmicas. Mas ela conseguiu reverter 25 demissões de professores, o que mostra que, ao menos em parte, ela tem uma margem para negociação."

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