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05/04/2006
-
20h58
EDUARDO DE OLIVEIRA
da Agência Folha
Uma discussão sobre a adoção de cotas para afrodescendentes, indígenas e alunos da rede pública terminou em tumulto, briga e depredação na Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) na manhã desta quarta-feira.
A confusão começou depois de a Câmara de Graduação da universidade rejeitar uma proposta para reserva de 52% das 2.825 vagas para esses grupos (26% aos afros, 25% aos alunos das escolas públicas e 1% aos índios), feita por uma comissão formada por integrantes da própria universidade e dos segmentos.
O ponto de discordância foi justamente o percentual, considerado alto. A maioria dos integrantes da câmara defendeu que haja revisão dos valores levando em conta particularidades de cada curso, como procura.
Insatisfeito, um grupo de cerca de 50 pessoas que defende as cotas invadiu e provocou um tumulto no prédio da Pró-Reitoria da Graduação da universidade.
Houve depredação de vidraças e de mobiliário de escritório. Um aluno foi agredido e teve de ser hospitalizado, com o maxilar deslocado. A Segurança Universitária interveio e conteve o tumulto. A Polícia Federal foi acionada para periciar os danos e instaurar inquérito, se for necessário.
A confusão levou a reitoria da Ufes a cancelar a reunião que seria realizada na tarde desta quarta, em que seriam discutidos os critérios para estipular os percentuais para a fixação das cotas. Não há data definida para o novo encontro.
Cotas
Em fevereiro, representantes de movimentos sociais, da Andifes (associação de reitores de instituições federais de ensino superior) e do Ministério da Educação fecharam acordo para propor a implementação das cotas nas federais para estudantes de escola pública, num prazo de seis anos.
A fixação deverá ser gradual, a partir de 12,5% no primeiro ano até alcançar o percentual de 50% no final do prazo.
Dias antes, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados havia aprovado projeto que prevê a reserva de 50% das vagas das instituições federais de ensino superior para estudantes que cursaram todo o ensino médio na rede pública.
Entre essas vagas haveria uma cota para afrodescendentes e indígenas na proporção dessas populações em cada Estado.
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da Agência Folha
Uma discussão sobre a adoção de cotas para afrodescendentes, indígenas e alunos da rede pública terminou em tumulto, briga e depredação na Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) na manhã desta quarta-feira.
A confusão começou depois de a Câmara de Graduação da universidade rejeitar uma proposta para reserva de 52% das 2.825 vagas para esses grupos (26% aos afros, 25% aos alunos das escolas públicas e 1% aos índios), feita por uma comissão formada por integrantes da própria universidade e dos segmentos.
O ponto de discordância foi justamente o percentual, considerado alto. A maioria dos integrantes da câmara defendeu que haja revisão dos valores levando em conta particularidades de cada curso, como procura.
Insatisfeito, um grupo de cerca de 50 pessoas que defende as cotas invadiu e provocou um tumulto no prédio da Pró-Reitoria da Graduação da universidade.
Houve depredação de vidraças e de mobiliário de escritório. Um aluno foi agredido e teve de ser hospitalizado, com o maxilar deslocado. A Segurança Universitária interveio e conteve o tumulto. A Polícia Federal foi acionada para periciar os danos e instaurar inquérito, se for necessário.
A confusão levou a reitoria da Ufes a cancelar a reunião que seria realizada na tarde desta quarta, em que seriam discutidos os critérios para estipular os percentuais para a fixação das cotas. Não há data definida para o novo encontro.
Cotas
Em fevereiro, representantes de movimentos sociais, da Andifes (associação de reitores de instituições federais de ensino superior) e do Ministério da Educação fecharam acordo para propor a implementação das cotas nas federais para estudantes de escola pública, num prazo de seis anos.
A fixação deverá ser gradual, a partir de 12,5% no primeiro ano até alcançar o percentual de 50% no final do prazo.
Dias antes, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados havia aprovado projeto que prevê a reserva de 50% das vagas das instituições federais de ensino superior para estudantes que cursaram todo o ensino médio na rede pública.
Entre essas vagas haveria uma cota para afrodescendentes e indígenas na proporção dessas populações em cada Estado.
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