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15/05/2006 - 19h38

Sindicato recomenda que universidades de SP suspendam aulas

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CAMILA MARQUES
da Folha Online

O Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos do Ensino Superior no Estado de São Paulo) recomendou nesta segunda-feira, às instituições que integram a entidade, que suspendessem as aulas temporariamente por conta da situação enfrentada em São Paulo desde a última sexta. Na onda de ataques atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital), iniciada na última sexta, foram registradas 180 ações contra as forças de segurança do Estado de São Paulo e mais de 80 mortos.

Por meio de nota, o Semesp recomenda ainda que as universidades e faculdades orientem o corpo docente e discente (professores e alunos) para que se mantenham em suas residências.

Mais cedo, o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo) solicitou à Secretaria Municipal de Educação "a suspensão imediata das aulas no período noturno e das atividades do pré e pós-aula, que integram o programa 'São Paulo é uma Escola'".

"Para o sindicato, esta medida se faz necessária para garantir a integridade física dos estudantes e dos profissionais de educação da rede municipal de ensino até que a segurança seja restabelecida na cidade", diz a nota.

Suspensão

Diversas entidades educacionais de São Paulo, incluindo colégios, faculdades e universidades, suspenderam as atividades nesta segunda-feira.

Em nota, a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) explica que suspendeu atividades acadêmicas e administrativas em campi de São Paulo "em virtude da situação de insegurança generalizada na cidade, que implica em risco para a população de estudantes, funcionários e professores". Segundo a PUC-SP, a volta às atividades será informada no site da instituição (www.pucsp.br) e por mensagem eletrônica.

O mesmo ocorre com a Uniban (Universidade Bandeirante). Recado da universidade diz que "em razão da falta de transporte e calamidade pública na cidade de São Paulo, não haverá aula hoje [ (segunda] em todos os campi".

Já a UMC (Universidade de Mogi das Cruzes) resolveu suspender as aulas em todos os campi (Mogi das Cruzes e Villa-Lobos). Em nota, a entidade diz que pensa "na segurança dos seus alunos e na dificuldade de transporte".

A mesma posição foi adotada, segundo informações passadas à Folha Online, pela seguintes instituições: USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade de Campinas), Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), UniFMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), FEI (Fundação Educacional Inaciana), Cásper Líbero, Metodista, Unip (Universidade Paulista), Anhembi Morumbi, São Marcos, FGV (Fundação Getúlio Vargas), Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), Belas Artes, UniABC (Universidade do Grande ABC), Centro Universitário Fundação Santo André, Uninove (Universidade Nove de Julho) e Universidade Mackenzie.

Nos centros de graduação São Camilo e FAI (Centro Universitário Assunção), na região do Ipiranga, as aulas foram canceladas apenas à noite.

O Complexo Jurídico Damásio de Jesus, conhecido por ministrar cursinhos preparatórios na área jurídica para cerca de 2.000 alunos, suspendeu as aulas até a manhã de terça-feira.

Escolas

Nesta manhã, a Secretaria de Estado da Educação informou que ao menos 30% dos alunos da rede estadual de ensino deixaram de comparecer às aulas nas 274 escolas estaduais da zona sul de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa, porém, o problema se concentrou na região por conta da falta de transporte público.

A Secretaria de Educação avalia ainda que por um medo natural dos pais, a presença de alunos em toda a rede deve cair --um balanço está previsto para sair na tarde de terça-feira.

O único caso "isolado" de cancelamento de aulas, ainda de acordo com a secretaria, foi registrado na Escola Estadual Almirante Custódio José de Melo, na zona leste. O motivo teria sido a dificuldade dos professores para chegar à instituição pela manhã.

As ruas que dão acesso à escola, bem próxima ao 2º Batalhão do Comando Leste da Polícia Militar e a um quartel do Corpo de Bombeiros, estavam bloqueadas. Na parte da tarde, apesar da regularização das atividades, os alunos foram dispensados quando buscados pelos pais. Cerca de 900 crianças estudam no local.

Quanto às entidades particulares, informações recebidas pela Folha Online dão conta de que algumas instituições de pequeno e médio fecharam as portas para garantir a segurança dos alunos e funcionários. Em outras maiores, como Arquidiocesano e Rosário, na Vila Mariana (zona sul), as atividades foram mantidas.

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