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29/06/2006
-
17h18
ANDREZA MATAIS
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), receberam nesta quinta-feira manifesto assinado por 114 intelectuais, artistas e ativistas de movimentos negros contra a política de cotas para negros ingressarem nas universidades e o Estatuto da Igualdade Racial.
O grupo considera que as duas medidas --em votação na Câmara-- dividem o país entre brancos e negros e que esta não é a melhor forma para se resolver o problema da desigualdade racial.
"Somente um serviço público de qualidade para todos pode mudar a realidade de exclusão que nós vivemos. Não é com cotas. Nós defendemos a igualdade de todos os brasileiros", justificou José Carlos Miranda, do Comitê por um Movimento Negro Socialista.
Yvonne Maggie, professora titular de antropologia da UFRJ, considerou que os dois projetos em discussão no Congresso podem levar a sociedade a correr "um sério risco" de perder sua unidade nacional. Para ela, as cotas são um "arremedo para aliviar as culpas de uns e outros e fazer com que o país seja dividido em brancos e negros".
O presidente da Câmara sinalizou que é contrário à política de cotas. Para Aldo Rebelo, o Brasil não deve importar de outros países modelo de combate à desigualdade racial. As cotas são usadas nos Estados Unidos.
O presidente do Senado tem pensamento contrário. "Eu sou a favor de que tenhamos uma política pública para a reparação de qualquer tipo de preconceito. É inconcebível que no século 21 ainda tenhamos que conviver com essa segregação. Qual é o caminho para resolver isso, temos que discutir mais, abrir esse leque e ouvir todos os segmentos da sociedade", afirmou Renan.
Autor do projeto que cria o Estatuto de Igualdade Racial, o senador Paulo Paim (PT-RS), acusou o grupo contrário à iniciativa de serem "laranjas de setores conservadores da sociedade brasileira". Ele lamentou que no momento em que o estatuto está para ser aprovado na Câmara, movimentos como esse se insurjam para inviabilizar a votação. A carta do grupo contra as cotas pode ser lida no site www.observa.ifcs.ufrj.br.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre cotas nas universidades
Grupo protesta no Congresso contra cotas para negros
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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), receberam nesta quinta-feira manifesto assinado por 114 intelectuais, artistas e ativistas de movimentos negros contra a política de cotas para negros ingressarem nas universidades e o Estatuto da Igualdade Racial.
O grupo considera que as duas medidas --em votação na Câmara-- dividem o país entre brancos e negros e que esta não é a melhor forma para se resolver o problema da desigualdade racial.
"Somente um serviço público de qualidade para todos pode mudar a realidade de exclusão que nós vivemos. Não é com cotas. Nós defendemos a igualdade de todos os brasileiros", justificou José Carlos Miranda, do Comitê por um Movimento Negro Socialista.
Yvonne Maggie, professora titular de antropologia da UFRJ, considerou que os dois projetos em discussão no Congresso podem levar a sociedade a correr "um sério risco" de perder sua unidade nacional. Para ela, as cotas são um "arremedo para aliviar as culpas de uns e outros e fazer com que o país seja dividido em brancos e negros".
O presidente da Câmara sinalizou que é contrário à política de cotas. Para Aldo Rebelo, o Brasil não deve importar de outros países modelo de combate à desigualdade racial. As cotas são usadas nos Estados Unidos.
O presidente do Senado tem pensamento contrário. "Eu sou a favor de que tenhamos uma política pública para a reparação de qualquer tipo de preconceito. É inconcebível que no século 21 ainda tenhamos que conviver com essa segregação. Qual é o caminho para resolver isso, temos que discutir mais, abrir esse leque e ouvir todos os segmentos da sociedade", afirmou Renan.
Autor do projeto que cria o Estatuto de Igualdade Racial, o senador Paulo Paim (PT-RS), acusou o grupo contrário à iniciativa de serem "laranjas de setores conservadores da sociedade brasileira". Ele lamentou que no momento em que o estatuto está para ser aprovado na Câmara, movimentos como esse se insurjam para inviabilizar a votação. A carta do grupo contra as cotas pode ser lida no site www.observa.ifcs.ufrj.br.
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