Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/08/2006 - 10h33

Governo federal dá aval para empréstimo à PUC-SP

Publicidade

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

O Ministério da Educação concedeu um aval, na semana passada, para que o BNDES (banco vinculado ao governo federal) atenda a um pedido de empréstimo de R$ 35 milhões feito pela PUC-SP. Em meio a uma crise financeira, a universidade pretende usar o dinheiro para ampliar seu campus na capital paulista.

A instituição entende que as novas instalações são necessárias para melhorar a acomodação dos estudantes e para ampliar o espaço físico destinado aos pesquisadores, o que fortaleceria o setor e poderia auxiliar na captação de recursos.

A intenção da PUC é construir três novos prédios na área em que hoje estão os cursos de comunicação e filosofia, em frente ao prédio sede, em Perdizes (zona oeste de São Paulo).

As instalações atuais já foram alvo de notificações e multas por parte da prefeitura, por haver desacordo com a legislação. Nessa área, circulam 3.000 estudantes diariamente.

"Estamos sufocados com o nosso campus, que tem uma variedade grande de cursos. E a nossa pós-graduação ainda não tem um espaço físico [adequado]. Queremos ter salas de aula maiores e laboratórios mais bem equipados", disse ontem a reitora Maura Véras, no dia do 60º aniversário da instituição.

O projeto da PUC se enquadra em um programa do BNDES que prevê apoio às instituições de ensino superior que pretendem ampliar suas instalações. Para a concessão do empréstimo, o MEC precisa avaliar se há de fato necessidade acadêmica para a proposta.

O papel com o aval chegou no último dia 15 à universidade, que agora tem alguns passos burocráticos a seguir antes de efetivamente entrar com o pedido no BNDES. Caso a documentação esteja em ordem, a verba deverá ser liberada após três meses da entrada do processo.

O diretor da Apropuc (associação dos docentes da PUC) Erson de Oliveira reconhece que as instalações atuais precisam ser reformadas. "Mas é contraditório que isso ocorra agora, em meio à crise. Se precisa cortar gastos, como haverá aumento do endividamento?"

No início deste ano, a universidade cortou cerca de 30% do quadro de professores e de funcionários. A PUC tem uma dívida bancária de R$ 107 milhões.

Auxílio federal

Ontem, após a missa que celebrou o aniversário da PUC, o ministro Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, acenou com a possibilidade de que o governo federal ajude no pagamento da dívida.

"Estamos vendo se há a possibilidade de que haja a consolidação da dívida de tal maneira que o desembolso mensal não seja tão alto", disse o ministro, que afirmou que está em contato com o cardeal dom Cláudio Hummes (que ocupa o posto máximo da PUC) e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Não gostaria de entrar em detalhes técnicos, porque envolve bancos públicos", afirmou.

Leia mais
  • Missa celebra 60 anos da PUC-SP

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a PUC
  • Leia a cobertura completa sobre a crise na PUC-SP
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página