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01/12/2006
-
09h50
DANIELA TÓFOLI
da Folha de S.Paulo
Duas universidades públicas de São Paulo irão oferecer cursos de graduação a distância no ano que vem. A iniciativa inédita partiu da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), que começarão seus cursos no segundo semestre de 2007. Em ambos os casos, haverá vestibular para a admissão dos candidatos, mas as regras ainda estão sendo definidas pelas duas instituições.
O primeiro processo de seleção será da UFSCar, marcado para fevereiro. O que se sabe até agora é que o vestibular da graduação a distância será separado do tradicional, que seleciona alunos dos cursos presenciais. Um equipe da universidade está estudando como será o formato das provas.
1.950 vagas
A UFSCar oferecerá 1.950 vagas nos cursos de educação musical, engenharia ambiental, pedagogia, sistemas de informação e tecnologia sucroalcooleira. Algumas aulas serão presenciais --os alunos poderão escolher um dos 19 Pólos Municipais de Apoio Presencial para freqüentar.
Até anteontem, havia 16 pólos no interior do Estado, em cidades como São José dos Campos, Itapetininga e Jales, e três fora de São Paulo: um em Minas Gerais, um na Bahia e um no Rio de Janeiro. O vestibular de fevereiro selecionará 1.950 estudantes, mas nem todo mundo começará a ter aula junto. Uma primeira turma, com 1.000 alunos, iniciará o curso em julho. A segunda, com 950 aprovados, começa a ter aulas apenas em setembro do próximo ano.
Unesp
Na Unesp, ainda não há data prevista para o vestibular --o início dos cursos, porém, deve ocorrer em 2007. A universidade está finalizando a documentação para obter no MEC a autorização para a graduação a distância. Na terça-feira, a universidade publicou uma resolução no "Diário Oficial" do Estado com as normas para as futuras ações de educação a distância.
"Nossa preocupação era, desde o início, estabelecer critério para oferecer cursos a distância de qualidade", explica o presidente da comissão de educação a distância da instituição, Klaus Schlünzen Júnior. "Todas as unidades deverão estar dentro do mesmo padrão, e os professores que quiserem propor novos cursos também precisarão seguir as normas", ele afirma.
O representante da Unesp ainda não sabe quais são os cursos que serão oferecidos. "Há demanda em todas as áreas e até um curso de medicina, por exemplo, poderá ser semipresencial, com as aulas teóricas a distância e as práticas, nos laboratórios e hospitais." Para ele, oferecer educação a distância não é massificar o ensino, mas facilitar o estudo daqueles que estão distantes dos grandes centros. "A graduação a distância terá a mesma qualidade que a presencial. A Unesp tem um nome a zelar", diz Schlünzen Júnior.
A Unicamp e a Unifesp ainda não oferecem esse tipo de graduação nem têm projetos em estudo para o próximo ano. No próximo ano, entretanto, a Unifesp vai oferecer dois cursos de
especialização a distância: informática em saúde e saúde indígena.
Já a USP está estudando a adoção do ensino a distância. Um projeto que trata do assunto já tramita na pró-reitoria de graduação, mas ainda não há data para uma definição.
Colaborou JOSÉ ERNESTO CREDENDIO, da Folha de S.Paulo
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da Folha de S.Paulo
Duas universidades públicas de São Paulo irão oferecer cursos de graduação a distância no ano que vem. A iniciativa inédita partiu da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), que começarão seus cursos no segundo semestre de 2007. Em ambos os casos, haverá vestibular para a admissão dos candidatos, mas as regras ainda estão sendo definidas pelas duas instituições.
O primeiro processo de seleção será da UFSCar, marcado para fevereiro. O que se sabe até agora é que o vestibular da graduação a distância será separado do tradicional, que seleciona alunos dos cursos presenciais. Um equipe da universidade está estudando como será o formato das provas.
1.950 vagas
A UFSCar oferecerá 1.950 vagas nos cursos de educação musical, engenharia ambiental, pedagogia, sistemas de informação e tecnologia sucroalcooleira. Algumas aulas serão presenciais --os alunos poderão escolher um dos 19 Pólos Municipais de Apoio Presencial para freqüentar.
Até anteontem, havia 16 pólos no interior do Estado, em cidades como São José dos Campos, Itapetininga e Jales, e três fora de São Paulo: um em Minas Gerais, um na Bahia e um no Rio de Janeiro. O vestibular de fevereiro selecionará 1.950 estudantes, mas nem todo mundo começará a ter aula junto. Uma primeira turma, com 1.000 alunos, iniciará o curso em julho. A segunda, com 950 aprovados, começa a ter aulas apenas em setembro do próximo ano.
Unesp
Na Unesp, ainda não há data prevista para o vestibular --o início dos cursos, porém, deve ocorrer em 2007. A universidade está finalizando a documentação para obter no MEC a autorização para a graduação a distância. Na terça-feira, a universidade publicou uma resolução no "Diário Oficial" do Estado com as normas para as futuras ações de educação a distância.
"Nossa preocupação era, desde o início, estabelecer critério para oferecer cursos a distância de qualidade", explica o presidente da comissão de educação a distância da instituição, Klaus Schlünzen Júnior. "Todas as unidades deverão estar dentro do mesmo padrão, e os professores que quiserem propor novos cursos também precisarão seguir as normas", ele afirma.
O representante da Unesp ainda não sabe quais são os cursos que serão oferecidos. "Há demanda em todas as áreas e até um curso de medicina, por exemplo, poderá ser semipresencial, com as aulas teóricas a distância e as práticas, nos laboratórios e hospitais." Para ele, oferecer educação a distância não é massificar o ensino, mas facilitar o estudo daqueles que estão distantes dos grandes centros. "A graduação a distância terá a mesma qualidade que a presencial. A Unesp tem um nome a zelar", diz Schlünzen Júnior.
A Unicamp e a Unifesp ainda não oferecem esse tipo de graduação nem têm projetos em estudo para o próximo ano. No próximo ano, entretanto, a Unifesp vai oferecer dois cursos de
especialização a distância: informática em saúde e saúde indígena.
Já a USP está estudando a adoção do ensino a distância. Um projeto que trata do assunto já tramita na pró-reitoria de graduação, mas ainda não há data para uma definição.
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