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21/05/2007 - 15h04

Reitora dá prazo até 0h para alunos saírem da reitoria da USP

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CLAYTON FREITAS
da Folha Online

A reitora da USP, Suely Vilela, disse na tarde desta segunda-feira que o prazo para os alunos desocuparem o prédio da reitoria da universidade acaba à 0h de terça-feira (22). Os estudantes, que estão no local desde o último dia 3, afirmaram que vão resistir à ordem de reintegração de posse.

Pela manhã, a reitora se reuniu com um grupo de 30 alunos e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) para discutir a desocupação pacífica do prédio. Ao mesmo tempo, no comando de policiamento de choque da Polícia Militar, o coronel Joviano Conceição Lima reuniu integrantes de entidades de direitos humanos, representantes da reitoria e estudantes para discutir a operação de reintegração de posse, caso os universitários não deixem pacificamente o local.

"A universidade tem se pautado pelo diálogo visando a uma desocupação pacífica. Estamos realizando reuniões quase diariamente com os alunos para encontrar uma solução pacífica", disse Vilela. A reitora, entretanto, não descartou o apoio da PM e disse que os alunos estão causando problemas como apropriação de documentos sigilosos, computadores e outros objetos. "Por isso tornou-se urgente a reintegração de posse", afirmou.

Suplicy disse que confirmou, em conversa com os alunos, que um documento sigiloso teria de fato sido extraviado. Ele disse que tentará uma reunião nesta segunda com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Roberto Antonio Diniz, e com o governador José Serra (PSDB) para prorrogar o prazo de negociações para ao menos o final desta terça.

Assembléia

Na reunião desta manhã, a reitora propôs a formação de comissão composta por 16 pessoas (oito professores e oito representantes de alunos e servidores) que estudaria em 90 dias as reivindicações dos estudantes.

O diretor do Sintusp (sindicato dos funcionários da universidade), Magno de Carvalho, disse que as propostas da reitoria não avançaram em relação ao que havia sido discutido anteriormente. Segundo Carvalho, somente a assembléia que será realizada às 12h30 de terça-feira poderia ou não decidir pela desocupação. "Nesta segunda é inviável, pois muitos funcionários de outros campi não poderão vir a São Paulo para participar".

Resistência

Carlos Gimenez, representante dos alunos, afirmou que as propostas da reitora só teriam validade caso fossem "colocasse no papel". Ele disse que os alunos que estão na reitoria --estimados em cerca de mil pelos estudantes-- resistirão à ação policial.

Vilela se recusou a assinar um documento com as propostas, como pedem os alunos, mas garante que serão cumpridas.

Até as 14h30 desta segunda, o prédio da reitoria continuava tomado e cercado por carros e barricadas para tentar dificultar o acesso da PM ao local.

 

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