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09/05/2001
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17h22
A maior dificuldade na educação dos surdos é a falta de informação. Os pais e educadores iniciam a criança no aprendizado da língua falada o que acaba atrapalhando o seu desenvolvimento.
Para a fonoaudiológa e coordenadora de uma escola especial para crianças surdas, Sbine Vergamini, a prática é errada. "No início, imaginava-se que o surdo deveria aprender primeiro a linguagem oralista para depois iniciar o aprendizado da Libras (Língua de Sinais Brasileira)", disse.
É o que defende também o especialista em língua de sinais, o professor Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), Fernando Capovilla. "Não é correto pensar na inclusão escolar da criança surda. Ela tem de ter uma educação especial junto com outras crianças surdas tendo a Libras como língua. Em primeiro lugar o surdo deve ter seu desenvolvimento linguístico para depois adquirir a língua escrita falada em seu país", afirma ele.
"Um surdo pode levar até dez anos para aprender a falar, comprometendo assim o aprendizado da criança", afirmou Sabine.
Estudos apontam que a criança deve ser estimulada a se comunicar com a linguagem dos sinais para que ela possa criar uma identidade e assim melhorar o seu desenvolvimento linguístico.
A fonoaudiológa acrescenta ainda que as aulas devem ser feitas com intérprete e utilizando recursos visuais, pois a visão dos surdos é mais apurada.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), 10% da população brasileira tem alguma deficiência física, desse total cerca de 2% são surdos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, existem no Brasil aproximadamente 2,25 milhões de surdos.
"Infelizmente a educação de surdos não é estimulada, apesar da lei que obriga as universidades terem intérpretes para esses alunos", diz Sabine, referindo-se à portaria assinada pelo ministro da Educação em dezembro de 1999. (JCB)
Leia também:
Educação superior ainda é um obstáculo para o surdo
Duas instituições do país fornecem intérpretes
Dicionário criar elo entre língua escrita, falada e sinalizada
Pedagoga enfrentou faculdade para ter intérprete
Libras deve ser primeira língua da criança surda, diz especialista
da Folha OnlineA maior dificuldade na educação dos surdos é a falta de informação. Os pais e educadores iniciam a criança no aprendizado da língua falada o que acaba atrapalhando o seu desenvolvimento.
Para a fonoaudiológa e coordenadora de uma escola especial para crianças surdas, Sbine Vergamini, a prática é errada. "No início, imaginava-se que o surdo deveria aprender primeiro a linguagem oralista para depois iniciar o aprendizado da Libras (Língua de Sinais Brasileira)", disse.
É o que defende também o especialista em língua de sinais, o professor Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), Fernando Capovilla. "Não é correto pensar na inclusão escolar da criança surda. Ela tem de ter uma educação especial junto com outras crianças surdas tendo a Libras como língua. Em primeiro lugar o surdo deve ter seu desenvolvimento linguístico para depois adquirir a língua escrita falada em seu país", afirma ele.
"Um surdo pode levar até dez anos para aprender a falar, comprometendo assim o aprendizado da criança", afirmou Sabine.
Estudos apontam que a criança deve ser estimulada a se comunicar com a linguagem dos sinais para que ela possa criar uma identidade e assim melhorar o seu desenvolvimento linguístico.
A fonoaudiológa acrescenta ainda que as aulas devem ser feitas com intérprete e utilizando recursos visuais, pois a visão dos surdos é mais apurada.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), 10% da população brasileira tem alguma deficiência física, desse total cerca de 2% são surdos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, existem no Brasil aproximadamente 2,25 milhões de surdos.
"Infelizmente a educação de surdos não é estimulada, apesar da lei que obriga as universidades terem intérpretes para esses alunos", diz Sabine, referindo-se à portaria assinada pelo ministro da Educação em dezembro de 1999. (JCB)
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