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Ministério do Trabalho agenda audiência entre professores e Secretaria da Educação
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Colaboração para a Folha Online
Representantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e da Secretaria Estadual da Educação participarão na manhã de sexta-feira (27), em São Paulo, de uma audiência de mediação agendada pelo Ministério do Trabalho. A reunião está prevista para acontecer às 10h30 na Procuradoria Regional do Trabalho, no bairro Santa Cecília.
Durante a tarde, os professores se reunirão no vão do Masp, na avenida Paulista, para decidir os rumos da paralisação iniciada no último dia 16.
A greve acontece em protesto a um decreto do governo que trata do sistema de contração e substituição de professores. A categoria reivindica, além da revogação do decreto 53.037, o aumento real de 35% do salário. Segundo a Apeoesp, o percentual é para cobrir perdas salariais ocorridas nos últimos dez anos.
O sindicato defende ainda o fim da política de bonificação, que são valores acrescentados ao salário mensalmente, como gratificações geral e do magistério e prêmio de valorização do magistério. Os professores querem que esses bônus sejam incorporados ao salário nominal, e então se aplique o reajuste.
Para a Apeoesp, os bônus, como não fazem parte do salário, prejudicam a categoria, por exemplo, no momento da aposentadoria, pois as gratificações são pagas somente para quem está na ativa.
Para um professor de ensino fundamental em início de carreira, por exemplo, as bonificações representam 23% dos recebimentos. O piso da categoria é de R$ 1.042 para 24 horas/aula por semana, com a gratificação.
Adesão
Segundo o sindicato, mais de 80% das escolas estaduais aderiram à greve. O governo, porém, rebate o número e diz que menos de 2% da categoria está de braços cruzados.
A secretaria acrescenta, por meio de nota, que o protesto dos professores é infundado, pois o decreto traz "uma mudança que visa apenas a melhorar as condições de ensino". Segundo levantamento do governo, somente em 2008 cerca de 40% dos 130 mil professores efetivos trocaram de escolas.
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