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Professores da USP realizam nova assembleia para discutir possível greve
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Colaboração para a Folha Online
Os docentes da USP (Universidade de São Paulo) realizam nesta terça-feira uma assembleia que deve decidir se a categoria entrará em greve. Os professores reivindicam, entre outros itens, melhores salários.
A assembleia está marcada para as 17h e deve acontecer no auditório da Faculdade de Geografia da USP. De acordo com o Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo), a pauta das discussões traz como primeiro item a avaliação da necessidade de greve, seguido pela reforma da carreira docente.
Também deve ser abordada na reunião o adiamento das negociações entre Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e o Fórum das Seis --entidade que integra os servidores e funcionários das três universidades paulistas: USP, Unesp e Unicamp-- que deveria acontecer na tarde de ontem.
O cancelamento da reunião aconteceu após um grupo de cerca de 30 alunos invadir o prédio da reitoria da USP. Os universitários permaneceram no local por cerca de cinco horas e, segundo a reitoria, arrombaram portas e quebraram janelas. Prejuízos que podem totalizar R$ 10 mil, de acordo com a universidade.
Dentre as reivindicações apontadas pelo Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo) estão 10% de reposição salarial e mais reposição da inflação dos últimos 12 meses.
Na semana passada, o Cruesp propôs reajustar em 6,05% o salário dos professores e servidores da universidade. Os professores, assim como os funcionários, rejeitaram a proposta. Mesmo assim, a reitoria da universidade afirmou que o valor deve ser incorporado aos salários a partir de junho.
Outras reivindicações feitas são: a criação de creches para filhos de funcionários e de estudantes, licença-prêmio para professores celetistas e contratação apenas por concurso público. O grupo também deve posicionar-se contra o ensino à distância nos moldes apresentados pelo governo, informa o Adusp.
Funcionários
Os funcionários da USP de São Paulo se reúnem com representantes da reitoria da USP na tarde de hoje para discutir reivindicações da pauta referente apenas a categoria. Os funcionários estão em greve desde o início do mês e, segundo o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), conta com a adesão de mais de 65% da categoria, mas a reitoria fala em 8% de adesão.
Procurada pela Folha Online a reitoria da USP afirmou que a greve da categoria mantém suspenso o funcionamento do prédio da coordenadoria do campus, da coordenadoria da assistência social, do centro de práticas esportivas e do prédio da antiga reitoria.
Além dos funcionários do campus da cidade de São Paulo, os funcionários da USP de Ribeirão Preto e de São Carlos também estão em greve.
Os funcionários da USP devem se reunir em assembleia amanhã (27) para discutir as propostas discutidas hoje durante a reunião.
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