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Professores da USP marcam nova paralisação para terça-feira
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Colaboração para a Folha Online
Os docentes da USP (Universidade de São Paulo) decidiram, em assembleia realizada ontem (26), fazer uma nova paralisação de atividades na próxima terça-feira para reivindicar, entre outros itens, melhores salários.
De acordo com Marcos Magalhães, diretor do Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo), a categoria decidiu realizar um debate e uma nova assembleia no dia da paralisação e devem decidir se os professores entram em greve por tempo indeterminado.
Magalhães também afirmou que o Fórum das Seis --entidade que integra os servidores e funcionários das três universidades paulistas: USP, Unesp e Unicamp-- enviou na tarde de ontem um oficio para o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) pedindo o retorno das negociações, suspensas desde segunda-feira (25) quando um grupo de alunos invadiu o prédio da reitoria.
Dentre as reivindicações apontadas pelo Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo) estão 10% de reposição salarial e mais reposição da inflação dos últimos 12 meses.
Na semana passada, o Cruesp propôs reajustar em 6,05% o salário dos professores e servidores da universidade. Os professores, assim como os funcionários, rejeitaram a proposta. Mesmo assim, a reitoria da universidade afirmou que o valor deve ser incorporado aos salários a partir de junho.
Outras reivindicações feitas são: a criação de creches para filhos de funcionários e de estudantes, licença-prêmio para professores celetistas e contratação apenas por concurso público. O grupo também deve posicionar-se contra o ensino à distância nos moldes apresentados pelo governo, informa o Adusp.
Funcionários
Os funcionários da USP de São Paulo realizam desde as 11h desta quarta-feira uma assembleia para discutir a continuidade da greve iniciada há 22 dias. Segundo o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), a greve conta com a adesão de mais de 65% da categoria, mas a reitoria fala em 8% de adesão.
Hoje, funcionários da reitoria também decidiram aderir à greve, o que impossibilita o funcionamento do prédio, segundo Aníbal Antônio Cavali, diretor do Sintusp. A Folha Online tentou entrar em contato com a reitoria na manhã de hoje, mas não teve sucesso.
Até ontem, a greve da categoria mantinha suspenso o funcionamento do prédio da coordenadoria do campus, da coordenadoria da assistência social, do centro de práticas esportivas e do prédio da antiga reitoria.
Além dos funcionários do campus da cidade de São Paulo, os funcionários da USP de Ribeirão Preto e de São Carlos também estão em greve.
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