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10/06/2009 - 13h51

Rio recolhe livro didático com figura imprópria para crianças

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da Agência Brasil
da Folha Online

O livro didático de história da Coleção Projeto Pitanguá da editora Moderna será recolhido da rede municipal de ensino do Rio por ter uma gravura considerada inapropriada para as crianças. A figura mostra um ritual de tribos indígenas do século dezesseis, em que povos tupis executavam seus adversários para vingar os antepassados.

Uma apostila será distribuída pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro para não prejudicar os alunos do quarto ano do ensino fundamental. Porém, a data para a substituição ainda não foi divulgada. Como são os professores que escolhem os livros, a secretaria ainda não tem uma estimativa de quantos alunos estão usando o material.

Em nota, a secretaria disse que os livros didáticos da rede de ensino do Rio são escolhidos a partir de uma lista elaborada, avaliada e determinada pelo Ministério da Educação.

Outro lado

A Editora Moderna informou, em nota, que todas as ilustrações da edição 2005 do livro Pitanguá -História 3 são reproduções de pinturas ou gravuras históricas presentes em museus, bibliotecas e acervos públicos cuja visita faz parte do currículo extracurricular dos estudantes dessa faixa etária. Por se tratarem de material histórico, inserido num livro de estudo de História, as ilustrações devem ser analisadas dentro de seu contexto de época e de cultura.

São Paulo

Setores da educação de São Paulo já enfrentaram problemas parecidos.

Um livro destinado a adolescentes com frases do tipo "nunca ame ninguém. Estupre"; "Tome drogas, pois é sempre aconselhável ver o panorama do alto"; e "Odeie. Assim, por esporte"; foi entregue a alunos de faixa etária de nove anos da rede pública de ensino do Estado de São Paulo.

Após questionamento, a Secretaria da Educação da gestão José Serra (PSDB) decidiu ontem retirar os livros das salas de aula. Os exemplares, no entanto, permanecerão nas escolas, para consulta de alunos mais velhos.

Essa não é a primeira vez que uma obra polêmica é destinada a alunos da rede pública em São Paulo. Livros contendo expressões como "chupa rola", "cu" e "chupava ela todinha" foram distribuídos pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo como material de apoio a alunos da terceira série do ensino fundamental. O fato levou o governador José Serra (PSDB) a prometer punição para os responsáveis.

Em março deste ano, a pasta de Educação foi duramente criticada por professores da rede estadual por causa de erros em 500 mil livros didáticos distribuídos.

Um livro didático de geografia, usado por alunos da 6ª série do ensino fundamental nas escolas públicas, mostrava o Paraguai duas vezes em um mapa da América do Sul e exclui o Equador. O problema aparece tanto nos livros destinados aos estudantes quanto nas publicações destinadas aos professores.

À época, a secretaria creditou o problema a editora que o produziu e informou que determinou a troca das publicações com erros.

 

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