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27/09/2001
-
09h55
especial para a Folha de S.Paulo
Manifestações antiamericanas explodem por todo o Oriente. No Afeganistão, no Paquistão, no Irã, em Beirute ou na Faixa de Gaza, entre iranianos, afegãos ou palestinos. Multidões muçulmanas queimam bandeiras americanas, entoam hinos e se preparam para o confronto com o "grande Satã".
Não é difícil identificar razões para tanto ódio. Atraídos pelo petróleo do Golfo Pérsico, os ingleses se instalaram na Pérsia, atual Irã, no início do século 20. A Anglo-Iranian Oil Company explorou o petróleo até 1951, quando o primeiro-ministro Mossadegh ascendeu ao poder e nacionalizou a indústria petrolífera. Refém do nacionalismo, o serviço secreto britânico, com a participação da CIA, organizou um golpe de Estado em 1953 e levou ao poder o xá Reza Pahlevi.
Homem forte do Irã, Pahlevi governou com o apoio dos EUA e montou um consórcio internacional para a exploração do petróleo. Criou uma polícia secreta, a Savak, destinada a combater a oposição nacionalista. No início dos anos 60, implantou a "revolução branca" com o objetivo de modernizar o Irã.
País de fortes contrastes, o Irã era dividido entre uma elite dirigente sunita e mais de 90% composta por xiitas que contestavam essa ocidentalização. Comandada a distância pelo aiatolá Khomeini, expulso do país em 64, a população iniciou uma onda de protestos contra o regime, derrubando o ditador Pahlevi em 79. Com o triunfo da Revolução Iraniana, o aiatolá regressou ao país e fundou a República Islâmica com base no Alcorão.
Modelo para os países muçulmanos, o Irã estimulou o expansionismo fundamentalista. Aterrorizado com o avanço da fé islâmica, o "grande Satã" se aliou ao Iraque no projeto de contenção, forjando um novo líder para obstruir o avanço xiita: Saddam Hussein. Credenciado pelos americanos e pelas monarquias do golfo, o líder iraquiano atacou durante oito anos o regime de Teerã. Era a guerra Irã-Iraque (1980-1988) que deixaria mais de 1 milhão de mortos e um rastro de ódio interminável contra o gigante da América.
Novamente nos anos 90, os EUA voltaram ao Oriente -dessa vez para destruir a pretensão expansionista do ex-aliado. Com o aval da ONU, os americanos derrotaram Saddam na Guerra do Golfo e impuseram um severo embargo econômico aos iraquianos. Vitimados pelo terror retornam à região à procura de Osama bin Laden. Agora em cena, a "Justiça infinita" ou a operação vingança contra o inimigo número um da América.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
Fovest - 27.set.2001
RESUMÃO
Matemática
História
Português
Geografia
Química
PROFISSÕES
Mundo do publicitário vai além da criação
3º setor impulsiona carreira do publicitário
Saiba mais sobre a profissão
CAPA
Cursos de curta duração podem ser boa opção
Cursos seqüenciais limitam a área de atuação
Universidades estaduais de SP querem criar seqüencial
MEC regulamentou cursos seqüenciais em 1999
Tire suas dúvidas sobre os cursos seqüenciais
PROGRAMA
Filme capta essência do livro "A Hora da Estrela"
Resumão/atualidades - EUA, o "grande Satã"
ROBERTO CANDELORIespecial para a Folha de S.Paulo
Manifestações antiamericanas explodem por todo o Oriente. No Afeganistão, no Paquistão, no Irã, em Beirute ou na Faixa de Gaza, entre iranianos, afegãos ou palestinos. Multidões muçulmanas queimam bandeiras americanas, entoam hinos e se preparam para o confronto com o "grande Satã".
Não é difícil identificar razões para tanto ódio. Atraídos pelo petróleo do Golfo Pérsico, os ingleses se instalaram na Pérsia, atual Irã, no início do século 20. A Anglo-Iranian Oil Company explorou o petróleo até 1951, quando o primeiro-ministro Mossadegh ascendeu ao poder e nacionalizou a indústria petrolífera. Refém do nacionalismo, o serviço secreto britânico, com a participação da CIA, organizou um golpe de Estado em 1953 e levou ao poder o xá Reza Pahlevi.
Homem forte do Irã, Pahlevi governou com o apoio dos EUA e montou um consórcio internacional para a exploração do petróleo. Criou uma polícia secreta, a Savak, destinada a combater a oposição nacionalista. No início dos anos 60, implantou a "revolução branca" com o objetivo de modernizar o Irã.
País de fortes contrastes, o Irã era dividido entre uma elite dirigente sunita e mais de 90% composta por xiitas que contestavam essa ocidentalização. Comandada a distância pelo aiatolá Khomeini, expulso do país em 64, a população iniciou uma onda de protestos contra o regime, derrubando o ditador Pahlevi em 79. Com o triunfo da Revolução Iraniana, o aiatolá regressou ao país e fundou a República Islâmica com base no Alcorão.
Modelo para os países muçulmanos, o Irã estimulou o expansionismo fundamentalista. Aterrorizado com o avanço da fé islâmica, o "grande Satã" se aliou ao Iraque no projeto de contenção, forjando um novo líder para obstruir o avanço xiita: Saddam Hussein. Credenciado pelos americanos e pelas monarquias do golfo, o líder iraquiano atacou durante oito anos o regime de Teerã. Era a guerra Irã-Iraque (1980-1988) que deixaria mais de 1 milhão de mortos e um rastro de ódio interminável contra o gigante da América.
Novamente nos anos 90, os EUA voltaram ao Oriente -dessa vez para destruir a pretensão expansionista do ex-aliado. Com o aval da ONU, os americanos derrotaram Saddam na Guerra do Golfo e impuseram um severo embargo econômico aos iraquianos. Vitimados pelo terror retornam à região à procura de Osama bin Laden. Agora em cena, a "Justiça infinita" ou a operação vingança contra o inimigo número um da América.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
Fovest - 27.set.2001
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