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09/10/2001 - 09h20

Servidores da UFSCar prometem radicalizar movimento grevista

CLAYTON FREITAS
da Folha Ribeirão

Os servidores em greve da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) decidiram, em assembléia realizada na manhã de ontem, que só negociarão com o governo federal se receberem os salários.

A decisão está gerando um impasse que pode culminar na radicalização da greve da categoria.

Uma assembléia para discutir se o movimento será radicalizado ou não vai ser realizada hoje. O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, determinou a suspensão do pagamento dos grevistas até que eles voltem ao trabalho.

Os servidores da UFSCar cruzaram os braços há 85 dias. A aprovação da pauta significará a paralisação dos funcionários que trabalham nos ambulatórios de psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia. Com isso, o atendimento a cerca de 5.000 pessoas que utilizam os serviços do ambulatório todo mês poderá ser prejudicado.

"Sem a presença dos servidores nos ambulatórios, os serviços burocráticos, como agendamento de consultas, preenchimento de fichas e atendimento ao telefone, estarão prejudicados, o que irá inviabilizar as consultas", disse Leonília Passos, 39, integrante do comando de greve da UFSCar.

A reitoria da universidade informou, no final da tarde de ontem, que não tinha nenhuma atitude prevista e que vai esperar o resultado da assembléia.

Hoje, os servidores também vão discutir a criação de uma campanha para a arrecadação de alimentos.

"A situação está crítica e nos afeta como qualquer outra classe profissional", disse Leonília.

Apesar da greve, o vestibular da universidade para o próximo ano não será suspenso.

A orientação para realizar a assembléia sobre as negociações foi dada pela Fasubra (Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras).

De acordo com a federação, a posição da UFSCar só vai prevalecer se for maioria.

"Orientamos todas as bases [sindicatos] a realizarem assembléias para discutir o assunto. Se essa for a opinião da maioria, acataremos", disse o diretor de comunicação social da federação, Jorge Américo Góes de Almeida.

De acordo com ele, os técnicos-administrativos de 47 das 52 Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior) permanecem paradas.
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Colaborou Marina Rossini

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