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10/10/2001
-
07h24
da Folha de S.Paulo
Pouco antes de deixar o seminário no qual foi xingado e vaiado, o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, cobrou respeito e afirmou que as manifestações precisam ser democráticas.
"Eu tenho respeito pelas entidades e espero ser respeitado. Mereço isso como cidadão e como ministro de Estado. Espero que outras manifestações que eventualmente ocorram fiquem no âmbito da educação e da democracia. Toda manifestação é democrática desde que seja mantido o respeito", disse o ministro.
Em entrevista à Folha, no fim da tarde, Paulo Renato defendeu sua posição em relação à greve: "Não podemos admitir que as universidades federais estejam paradas. O governo gasta por mês R$ 670 milhões com elas e, hoje, 430 mil alunos estão sem aula".
O ministro criticou também a ameaça de suspensão dos vestibulares. "Desde o início, eles (os grevistas) estão ameaçando não fazer vestibular. Se isso acontecer, serão 140 mil jovens que ficarão frustrados", disse.
Paulo Renato deixou claro que espera mais apoio dos reitores. "Eu quero acreditar que, no conjunto, os reitores estejam desempenhando bem o seu papel. No entanto, tivemos informações de reitores que apoiaram a greve desde o começo, inclusive proibindo professores de trabalhar."
Casos essas informações se confirmem, o ministro pretende abrir inquéritos administrativos. "Além disso, estamos prontos para entrar com ações cautelares para que os profissionais dos hospitais sejam pagos", disse.
Ele defendeu a volta imediata ao trabalho. "É dinheiro público que está sendo jogado fora." Ao comentar a iniciativa de não pagar salários de grevistas, o ministro citou a derrota dos sindicatos no STF. "A Justiça me deu ganho de causa. Hoje, nem se eu quisesse eu poderia pagar."
Paulo Renato nega que esteja sendo intransigente, como acusam os grevistas. "A principal reivindicação dos professores eu já atendi, ao apresentar uma proposta de contratação pelo Regime Jurídico Único. Quanto aos servidores, também reformulei minha proposta de acordo com o que eles queriam, que era a incorporação das gratificações no salário."
À tarde, em São Paulo, o ministro afirmou que a greve é um movimento político que visa as eleições de 2002.
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Colaborou a Reportagem Local
Leia mais notícias da greve no ensino
Após ser xingado e vaiado, Paulo Renato espera ser respeitado
ANTÔNIO GOISda Folha de S.Paulo
Pouco antes de deixar o seminário no qual foi xingado e vaiado, o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, cobrou respeito e afirmou que as manifestações precisam ser democráticas.
"Eu tenho respeito pelas entidades e espero ser respeitado. Mereço isso como cidadão e como ministro de Estado. Espero que outras manifestações que eventualmente ocorram fiquem no âmbito da educação e da democracia. Toda manifestação é democrática desde que seja mantido o respeito", disse o ministro.
Em entrevista à Folha, no fim da tarde, Paulo Renato defendeu sua posição em relação à greve: "Não podemos admitir que as universidades federais estejam paradas. O governo gasta por mês R$ 670 milhões com elas e, hoje, 430 mil alunos estão sem aula".
O ministro criticou também a ameaça de suspensão dos vestibulares. "Desde o início, eles (os grevistas) estão ameaçando não fazer vestibular. Se isso acontecer, serão 140 mil jovens que ficarão frustrados", disse.
Paulo Renato deixou claro que espera mais apoio dos reitores. "Eu quero acreditar que, no conjunto, os reitores estejam desempenhando bem o seu papel. No entanto, tivemos informações de reitores que apoiaram a greve desde o começo, inclusive proibindo professores de trabalhar."
Casos essas informações se confirmem, o ministro pretende abrir inquéritos administrativos. "Além disso, estamos prontos para entrar com ações cautelares para que os profissionais dos hospitais sejam pagos", disse.
Ele defendeu a volta imediata ao trabalho. "É dinheiro público que está sendo jogado fora." Ao comentar a iniciativa de não pagar salários de grevistas, o ministro citou a derrota dos sindicatos no STF. "A Justiça me deu ganho de causa. Hoje, nem se eu quisesse eu poderia pagar."
Paulo Renato nega que esteja sendo intransigente, como acusam os grevistas. "A principal reivindicação dos professores eu já atendi, ao apresentar uma proposta de contratação pelo Regime Jurídico Único. Quanto aos servidores, também reformulei minha proposta de acordo com o que eles queriam, que era a incorporação das gratificações no salário."
À tarde, em São Paulo, o ministro afirmou que a greve é um movimento político que visa as eleições de 2002.
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Colaborou a Reportagem Local
Leia mais notícias da greve no ensino
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