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19/10/2001 - 17h04

Servidores das federais encerram greve com aprovação de projeto

RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O fim da greve dos servidores das universidades federais está condicionado à apresentação de um projeto de lei ao Congresso incorporando a GAE (Gratificação por Atividade Executiva) ao salário base de todos os funcionários.

O governo deve encaminha o projeto na próxima segunda-feira (22), sendo que os líderes partidários já se comprometeram em aprovar a matéria. A incorporação da GAE aos salários representa um acréscimo de 15% a 35% na remuneração na maior parte da categoria.

Na terça-feira (23) deverá ser aprovado requerimento propondo a tramitação do projeto no regime de urgência urgentíssima (sem passar pelas comissões temáticas).

De acordo com a secretária nacional de Ensino Superior do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães Castro, a incorporação da gratificação implicará em um gasto adicional de R$ 500 milhões ao ano.

Ela disse que o ministro Paulo Renato Souza já conseguiu R$ 100 milhões do governo federal e que outros R$ 250 milhões já estariam garantidos no Orçamente de 2002.

"Os líderes se comprometeram a buscar os R$ 150 milhões que faltam no próprio Orçamento do ano quem vem através do remanejamento de verbas previstas", disse Maria Helena.

Na próxima quarta-feira (24), a Fasubra (Federação das Associações dos Servidores das Universidades Brasileiras) realizará assembléias em todas as universidades com indicativo para pôr fim à greve que completou hoje 86 dias.

Em relação à greve dos professores, a secretária disse que espera que o acordo assinado com a Fasubra "dê um novo rumo às negociações".

Ela insinuou que os professores não estariam tão propensos a negociar como os servidores. "A Fasubra já fez mais de 30 reuniões conosco, enquanto o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior), só fez três", disse a secretária. A greve dos professores já dura 58 dias.

Maria Helena disse também que espera que a greve dos professores não atrapalhe os vestibulares de 2002. "O atraso no vestibular significaria uma atentado à universidade pública e gratuita."

Segundo a secretária, a greve dos professores ficaria esvaziada com o fim da paralisação dos servidores, já que o movimento dos docentes começou cerca de um mês depois da greve dos servidos em solidariedade a eles.

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