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21/10/2001
-
03h39
O presidente da Andes, Roberto Lehrer, disse que o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, insulta a inteligência dos professores universitários ao afirmar que eles participam de uma greve com objetivos políticos.
"Como é que 100% da categoria [46 mil professores de 52 instituições federais de ensino superior" iria aderir a uma greve partidarizada?", questionou.
Lehrer afirmou também que sua entidade nunca radicalizou a negociação e que tem interesse na volta às aulas. Ele disse acreditar na possibilidade de um acordo em breve.
Segundo Lehrer, basta que o governo tenha boa vontade, já que os R$ 250 milhões necessários para a incorporação da GED (Gratificação de Estímulo à Docência) aos salários já foram apontados no Orçamento pelos líderes partidários, para serem remanejados.
Lehrer negou ter dito que pretenda fazer a maior greve da América Latina. "Eu disse que esta é a maior greve dos 21 anos da história da Andes." Também negou que a diretoria do sindicato não tenha representatividade.
Eleição
"Nossa legitimidade é fortíssima. A eleição contou com 45% dos votos da categoria -cerca de 20 mil votos, dos quais 14 mil foram para nossa chapa. O ministro apoiava a outra chapa e desde então [junho de 2000] vem tentando desqualificar a diretoria."
O presidente da Andes admite que a greve é áspera: "A nossa pauta atinge o âmago do projeto de reestruturação neoliberal do Estado.
Necessariamente é áspera. Pretende restabelecer princípios de funcionamento do serviço público inspirados nos ideais republicanos, que não se coadunam com a reforma neoliberal em curso".
Como exemplo, Lehrer citou a reivindicação de concurso público para preenchimento de 8.000 vagas e isonomia salarial para docentes com a mesma qualificação, mesmo que exerçam funções diferentes.
Segundo ele, a isonomia acabou em 98, com a criação da GED, que também reduziu os vencimentos dos aposentados. "Achamos que os professores que construíram a universidade brasileira merecem tratamento isonômico como aliás prevê a Constituição", disse.
Leia mais
Ministro não vê sobrevida no ensino gratuito
Leia mais notícias da greve no ensino
Sindicalista nega que greve de professores tenha objetivo político
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaO presidente da Andes, Roberto Lehrer, disse que o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, insulta a inteligência dos professores universitários ao afirmar que eles participam de uma greve com objetivos políticos.
"Como é que 100% da categoria [46 mil professores de 52 instituições federais de ensino superior" iria aderir a uma greve partidarizada?", questionou.
Lehrer afirmou também que sua entidade nunca radicalizou a negociação e que tem interesse na volta às aulas. Ele disse acreditar na possibilidade de um acordo em breve.
Segundo Lehrer, basta que o governo tenha boa vontade, já que os R$ 250 milhões necessários para a incorporação da GED (Gratificação de Estímulo à Docência) aos salários já foram apontados no Orçamento pelos líderes partidários, para serem remanejados.
Lehrer negou ter dito que pretenda fazer a maior greve da América Latina. "Eu disse que esta é a maior greve dos 21 anos da história da Andes." Também negou que a diretoria do sindicato não tenha representatividade.
Eleição
"Nossa legitimidade é fortíssima. A eleição contou com 45% dos votos da categoria -cerca de 20 mil votos, dos quais 14 mil foram para nossa chapa. O ministro apoiava a outra chapa e desde então [junho de 2000] vem tentando desqualificar a diretoria."
O presidente da Andes admite que a greve é áspera: "A nossa pauta atinge o âmago do projeto de reestruturação neoliberal do Estado.
Necessariamente é áspera. Pretende restabelecer princípios de funcionamento do serviço público inspirados nos ideais republicanos, que não se coadunam com a reforma neoliberal em curso".
Como exemplo, Lehrer citou a reivindicação de concurso público para preenchimento de 8.000 vagas e isonomia salarial para docentes com a mesma qualificação, mesmo que exerçam funções diferentes.
Segundo ele, a isonomia acabou em 98, com a criação da GED, que também reduziu os vencimentos dos aposentados. "Achamos que os professores que construíram a universidade brasileira merecem tratamento isonômico como aliás prevê a Constituição", disse.
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