Publicidade
Publicidade
25/10/2001
-
21h24
da Folha de S.Paulo
A Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) decidiu nesta quarta-feira, após assembléias com as bases grevistas, aceitar a proposta do governo de aumentar para R$ 250 milhões o valor gasto em pagamento dos docentes.
Os líderes partidários estimam conseguir mais R$ 100 milhões, caso os professores voltem ao trabalho, reponham as aulas e garantam o vestibular.
O Ministério da Educação (MEC) deixou a Andes e o Sinasefe (sindicato que representa os funcionários das escolas técnicas federais) escolherem as melhores propostas de uma lista com quatro opções - sem ultrapassar os valores acertados com o Congresso.
Dentre as escolhas está um reajuste geral na tabela de vencimentos, a incorporação parcial da gratificação salarial, o reajuste da gratificação por desempenho e a sua extensão para os inativos, no caso das escolas técnicas.
"Estamos animados, porque (a proposta) criou amplitude para caminharmos", disse o presidente da Andes, Roberto Leher. "É um número satisfatório."
Segundo ele, a sinalização exigida pelo governo e pelo Congresso (fim da greve) será dada quando houver garantias de que o eventual acordo será executado, provavelmente por meio de um projeto de lei.
Os docentes apresentam na quinta-feira, às 14h, o resultado das reuniões para a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Helena Guimarães Castro.
Na terça-feira (23), os professores das universidades federais em greve receberam um "ultimato". O ministério e os congressistas, que prometeram remanejar mais verbas do Orçamento de 2002 para a remuneração, exigiram uma posição, sob o risco de cancelarem a proposta.
Os servidores das universidades federais deixaram a greve nesta semana, após aceitarem a incorporação do GAE (Gratificação por Atividade Executiva) ao salário base de todos os funcionários. A volta ao trabalho foi condicionada à aprovação do projeto de lei que legitima o acordo, em regime de urgência urgentíssima (sem passar pelas comissões temáticas).
Propostas ruins
A flexibilização das propostas - vista como recuo pelos grevistas - se traduziu em propostas que o próprio ministério considerou desfavorável, inclusive para sua política educacional.
Por exemplo, a incorporação da GAE beneficia principalmente os professores de final de carreira, os aposentados e aqueles que têm vitórias judiciais. Os professores em início de carreira não teriam acréscimos ao seus salários.
"Incorporar a GAE é uma solução ruim", avaliou Maria Helena. Segundo ela, se os R$ 350 milhões forem usados no reajuste de tabela, só seria possível um aumento geral de 5%.
Leia mais notícias da greve no ensino
Docentes aceitam proposta de governo e greve está próxima do fim
da Folha Onlineda Folha de S.Paulo
A Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) decidiu nesta quarta-feira, após assembléias com as bases grevistas, aceitar a proposta do governo de aumentar para R$ 250 milhões o valor gasto em pagamento dos docentes.
Os líderes partidários estimam conseguir mais R$ 100 milhões, caso os professores voltem ao trabalho, reponham as aulas e garantam o vestibular.
O Ministério da Educação (MEC) deixou a Andes e o Sinasefe (sindicato que representa os funcionários das escolas técnicas federais) escolherem as melhores propostas de uma lista com quatro opções - sem ultrapassar os valores acertados com o Congresso.
Dentre as escolhas está um reajuste geral na tabela de vencimentos, a incorporação parcial da gratificação salarial, o reajuste da gratificação por desempenho e a sua extensão para os inativos, no caso das escolas técnicas.
"Estamos animados, porque (a proposta) criou amplitude para caminharmos", disse o presidente da Andes, Roberto Leher. "É um número satisfatório."
Segundo ele, a sinalização exigida pelo governo e pelo Congresso (fim da greve) será dada quando houver garantias de que o eventual acordo será executado, provavelmente por meio de um projeto de lei.
Os docentes apresentam na quinta-feira, às 14h, o resultado das reuniões para a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Helena Guimarães Castro.
Na terça-feira (23), os professores das universidades federais em greve receberam um "ultimato". O ministério e os congressistas, que prometeram remanejar mais verbas do Orçamento de 2002 para a remuneração, exigiram uma posição, sob o risco de cancelarem a proposta.
Os servidores das universidades federais deixaram a greve nesta semana, após aceitarem a incorporação do GAE (Gratificação por Atividade Executiva) ao salário base de todos os funcionários. A volta ao trabalho foi condicionada à aprovação do projeto de lei que legitima o acordo, em regime de urgência urgentíssima (sem passar pelas comissões temáticas).
Propostas ruins
A flexibilização das propostas - vista como recuo pelos grevistas - se traduziu em propostas que o próprio ministério considerou desfavorável, inclusive para sua política educacional.
Por exemplo, a incorporação da GAE beneficia principalmente os professores de final de carreira, os aposentados e aqueles que têm vitórias judiciais. Os professores em início de carreira não teriam acréscimos ao seus salários.
"Incorporar a GAE é uma solução ruim", avaliou Maria Helena. Segundo ela, se os R$ 350 milhões forem usados no reajuste de tabela, só seria possível um aumento geral de 5%.
Leia mais notícias da greve no ensino
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Avaliação reprova 226 faculdades do país pelo 4º ano consecutivo
- Dilma aprova lei que troca dívidas de universidades por bolsas
- Notas das melhores escolas paulistas despencam em exame; veja
- Universidades de SP divulgam calendário dos vestibulares 2013
- Mercadante diz que não há margem para reajuste maior aos docentes
+ Comentadas
- Câmara sinaliza absolvição de deputados envolvidos com Cachoeira
- Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
+ EnviadasÍndice