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28/10/2001
-
09h45
Cerca de 20 manifestantes no CAP (Colégio de Aplicação da UFRJ) rasgaram o caderno de provas hoje em protesto contra a realização do exame. Eles, assim como outros estudantes que fazem uma manifestação no campus da Ilha do Fundão, são favoráveis ao adiamento do exame. A comissão do vestibular disse que isso não afeta a realização da prova.
O exame já começou em todo os locais, exceto no CAP, onde a universidade ainda avalia o que será feito.
A estudante Fernanda Luíza da Silva, que já estava dentro da sala de aula, após receber a prova, saiu correndo com ela na mão, mas foi interceptada pela polícia antes de deixar um prédio da universidade. Se ela tivesse conseguido sair com a prova, isso poderia causar a anulação do exame.
Os estudantes dos colégios federais de ensino médio do Rio (o CAP e o D.Pedro 2º) são contra a aplicação da prova hoje porque se sentem prejudicados para fazer o concurso em razão da greve dos professores, que dura mais de dois meses. Sem aulas, eles reclamam de estar em desigualdade de condições.
No campus da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a Polícia Militar fez um cordão de isolamento nos prédios para conter os manifestantes, que ainda estão no estacionamento da universidade gritando palavras de ordem.
Os estudantes estão protestando desde às 7h30 e chegaram a entrar em confronto com a Polícia Militar. No momento a situação é mais calma.
Por volta das 8h houve confronto com PM, que perdeu o controle da situação, agredindo alguns manifestantes com cassetetes. Eles revidaram com pedra e os policias jogaram bombas de efeito moral.
Os manifestantes tentavam impedir que os candidatos entrassem no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, onde 981 vestibulandos deveriam fazer a prova. No total o vestibular tem 56 mil inscritos.
Apesar da confusão, a comissão do vestibular disse que vai manter o concurso.
Pelo menos quatro pessoas ficou ferida. Muitos estudantes, nervosos e chorando, desistiram de fazer o exame.
Nos demais locais o clima é de tranquilidade.
Batalha judicial
Até as 23h de ontem a aplicação da prova era incerta. Durante a tarde, a Justiça concedeu duas liminares que adiavam o vestibular. Somente no fim do dia a UFRJ conseguiu derrubar as liminares garantindo o exame.
Na terça-feira (23) a Justiça já havia concedido um outra liminar, solicitada pelo Ministério Público, mas que foi cassada na sexta-feira.
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Vestibulandos entram em confronto com a PM na UFRJ
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Estudantes rasgam prova para tentar anular vestibular da UFRJ
da Folha OnlineCerca de 20 manifestantes no CAP (Colégio de Aplicação da UFRJ) rasgaram o caderno de provas hoje em protesto contra a realização do exame. Eles, assim como outros estudantes que fazem uma manifestação no campus da Ilha do Fundão, são favoráveis ao adiamento do exame. A comissão do vestibular disse que isso não afeta a realização da prova.
O exame já começou em todo os locais, exceto no CAP, onde a universidade ainda avalia o que será feito.
A estudante Fernanda Luíza da Silva, que já estava dentro da sala de aula, após receber a prova, saiu correndo com ela na mão, mas foi interceptada pela polícia antes de deixar um prédio da universidade. Se ela tivesse conseguido sair com a prova, isso poderia causar a anulação do exame.
Os estudantes dos colégios federais de ensino médio do Rio (o CAP e o D.Pedro 2º) são contra a aplicação da prova hoje porque se sentem prejudicados para fazer o concurso em razão da greve dos professores, que dura mais de dois meses. Sem aulas, eles reclamam de estar em desigualdade de condições.
No campus da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a Polícia Militar fez um cordão de isolamento nos prédios para conter os manifestantes, que ainda estão no estacionamento da universidade gritando palavras de ordem.
Os estudantes estão protestando desde às 7h30 e chegaram a entrar em confronto com a Polícia Militar. No momento a situação é mais calma.
Por volta das 8h houve confronto com PM, que perdeu o controle da situação, agredindo alguns manifestantes com cassetetes. Eles revidaram com pedra e os policias jogaram bombas de efeito moral.
Os manifestantes tentavam impedir que os candidatos entrassem no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, onde 981 vestibulandos deveriam fazer a prova. No total o vestibular tem 56 mil inscritos.
Apesar da confusão, a comissão do vestibular disse que vai manter o concurso.
Pelo menos quatro pessoas ficou ferida. Muitos estudantes, nervosos e chorando, desistiram de fazer o exame.
Nos demais locais o clima é de tranquilidade.
Batalha judicial
Até as 23h de ontem a aplicação da prova era incerta. Durante a tarde, a Justiça concedeu duas liminares que adiavam o vestibular. Somente no fim do dia a UFRJ conseguiu derrubar as liminares garantindo o exame.
Na terça-feira (23) a Justiça já havia concedido um outra liminar, solicitada pelo Ministério Público, mas que foi cassada na sexta-feira.
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