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30/10/2001
-
20h06
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Depois de passar o dia pressionando o Congresso por mais verbas salariais, os professores das universidades e escolas técnicas federais em greve conseguiram uma vitória no STF (Supremo Tribunal Federal) que garante a liberação do salário de setembro, retido por ordem do ministro Paulo Renato Souza (Educação).
O recurso do governo, com pedido de encaminhamento da decisão do ministro Marco Aurélio de Mello ao plenário do tribunal, deve ser apresentado amanhã.
As negociações atingiram um impasse ontem, quando os grevistas - parados há 70 dias - pediram o atendimento de reivindicações que iam além dos R$ 350 milhões acertados com o Congresso para 2002.
Hoje, após ameaça de bomba que esvaziou o ministério no início da tarde, os grevistas cancelaram a reunião de negociação.
Devido às dificuldades em obter R$ 26 milhões suplementares e a pressão do ministério para o fechamento imediato de um acordo, cogitou-se no governo a possibilidade de os grevistas estarem ganhando tempo até a decisão do ministro Marco Aurélio, que acabou por favorecer a categoria.
A liberação dos salários pode ser usada agora como trunfo para pressionar o governo e o Congresso, porque o prolongamento da greve coloca em risco o segundo semestre letivo e a realização dos vestibulares.
Na decisão, Marco Aurélio disse que a retenção das verbas salariais resulta na realização de "justiça com as próprias mãos".
Os líderes das bancadas partidárias do Congresso decidem amanhã se concedem R$ 376 milhões do Orçamento de 2002 para atender as reivindicações dos grevistas.
A base governista prevê dificuldades devido à inconstância dos pedidos dos professores. "Eles mudam de idéia todo dia. Assim nossa credibilidade para pedir verbas fica em zero", disse o deputado Luciano Pizzatto (PFL-PR), vice-líder do governo.
Para a liderança da oposição, o novo pedido é um problema contornável. "Existe uma grande chance, mas podemos ter problemas", afirmou o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), líder do PT.
Leia mais notícias da greve no ensino
STF libera salário retido de professores grevistas
LEILA SUWWANda Folha de S.Paulo, em Brasília
Depois de passar o dia pressionando o Congresso por mais verbas salariais, os professores das universidades e escolas técnicas federais em greve conseguiram uma vitória no STF (Supremo Tribunal Federal) que garante a liberação do salário de setembro, retido por ordem do ministro Paulo Renato Souza (Educação).
O recurso do governo, com pedido de encaminhamento da decisão do ministro Marco Aurélio de Mello ao plenário do tribunal, deve ser apresentado amanhã.
As negociações atingiram um impasse ontem, quando os grevistas - parados há 70 dias - pediram o atendimento de reivindicações que iam além dos R$ 350 milhões acertados com o Congresso para 2002.
Hoje, após ameaça de bomba que esvaziou o ministério no início da tarde, os grevistas cancelaram a reunião de negociação.
Devido às dificuldades em obter R$ 26 milhões suplementares e a pressão do ministério para o fechamento imediato de um acordo, cogitou-se no governo a possibilidade de os grevistas estarem ganhando tempo até a decisão do ministro Marco Aurélio, que acabou por favorecer a categoria.
A liberação dos salários pode ser usada agora como trunfo para pressionar o governo e o Congresso, porque o prolongamento da greve coloca em risco o segundo semestre letivo e a realização dos vestibulares.
Na decisão, Marco Aurélio disse que a retenção das verbas salariais resulta na realização de "justiça com as próprias mãos".
Os líderes das bancadas partidárias do Congresso decidem amanhã se concedem R$ 376 milhões do Orçamento de 2002 para atender as reivindicações dos grevistas.
A base governista prevê dificuldades devido à inconstância dos pedidos dos professores. "Eles mudam de idéia todo dia. Assim nossa credibilidade para pedir verbas fica em zero", disse o deputado Luciano Pizzatto (PFL-PR), vice-líder do governo.
Para a liderança da oposição, o novo pedido é um problema contornável. "Existe uma grande chance, mas podemos ter problemas", afirmou o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), líder do PT.
Leia mais notícias da greve no ensino
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