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30/10/2001 - 22h31

MEC diz que responsáveis por tumulto na UFRJ serão processados

da Folha de S.Paulo, em Brasília e no Rio

O ministro Paulo Renato Souza (Educação) anunciou hoje que, além de liberar R$ 250 mil para a realização parcial de nova prova do vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o governo vai processar os responsáveis pelos tumultos do último domingo e exigir deles o ressarcimento do custo adicional.

O reitor José Henrique Vilhena contará com a assessoria jurídica da Advocacia Geral da União para impedir nova "guerra" de liminares dos que queiram refazer ou manter a primeira prova.

A nova prova será aplicada após as duas próximas fases do vestibular, que ocorrerão regularmente nos dias 11 e 18 de novembro. A data mais provável é o dia 25. Os 14.520 candidatos dos grupos de ciências exatas e sociais terão de fazer o novo exame. O ministro classificou a anulação parcial da primeira etapa de "solução juridicamente perfeita" e negou que haverá prejuízo para os alunos.

Integrantes do CEG (Conselho de Ensino e Graduação) da UFRJ condenaram a declaração de Paulo Renato, de que em nenhuma hipótese o vestibular da instituição será totalmente anulado.

O CEG _ formado por 30 representantes (titulares e suplentes) de docentes e alunos, além do presidente_, havia decidido, no início de outubro, pelo adiamento do vestibular para janeiro e fevereiro. O reitor Vilhena não aceitou a decisão e manteve a data do concurso. Em reunião amanhã, os integrantes do CEG pretendem anular todas as provas realizadas no último domingo e fazer valer a decisão anterior.

Durante a reunião de amanhã, a UEE (União Estadual dos Estudantes) fará um ato pela democracia nas universidades em frente ao prédio da reitoria da UFRJ. As entidades estudantis também são a favor da anulação total da prova de domingo e do cancelamento da segunda etapa do concurso, marcada para o próximo dia 11.

Renúncia

A ADUFRJ, entidade que representa os professores da UFRJ, iniciou hoje um abaixo-assinado pedindo a renúncia do reitor. Na quinta-feira, ela realiza um ato em frente à Assembléia Legislativa.

A Apaerj (Associação de Pais e Alunos do Rio de Janeiro) deu entrada hoje, na Secretaria de Direitos Econômicos do Ministério da Justiça, com pedido de abertura de inquérito e anulação do vestibular.

Segundo a associação, houve quebra de contrato a partir do momento em que a universidade não garantiu a segurança e a tranquilidade dos alunos no dia do vestibular.

Enquanto isso, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar responsabilidades sobre os danos causados aos prédios da UFRJ após os tumultos na prova de domingo.

Hoje, peritos criminais foram à instituição fazer o levantamento dos estragos. Os laudos da perícia darão subsídios às investigações.

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