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01/11/2001
-
14h05
Texto atraente, linguagem clara, tema interessante e a tentativa de tratar de um único assunto da forma mais completa. Tudo em cerca de cem páginas, ao custo de R$ 10 a R$ 15. Esse é o formato clássico do livro paradidático.
A Brasiliense é a precursora desse tipo de publicação no país, com a coleção Primeiros Passos. Com a abertura política no final da década de 70, a editora pôde atender à grande demanda por informação dos jovens da época.
O professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e criador de um site sobre temas de história e filosofia, Voltaire Schilling, também se sentiu motivado a escrever para aquele público. "Havia uma massa de jovens desinformados e a necessidade de atendê-los por meio de publicações pequenas, baratas e de fácil leitura", diz Schilling, que já lançou 11 livros paradidáticos.
Na metade dos anos 80, o uso dessas publicações como leitura complementar se consolidou, e as publicações passaram a ser adotadas amplamente nas escolas. No entanto, para José Carlos de Castro, gerente editorial da Moderna, a procura era maior naquela década. "Hoje, além da competição entre as editoras, existe a concorrência com jornais, com revistas e com a internet. Mas não acho que vão desbancar o paradidático. É importante estarmos atentos aos novos parâmetros educacionais e nos adaptarmos a eles", diz ele.
Já a editora Sâmia Rios, da Scipione, acredita que os diversos meios não competem entre si. "Cada vez mais todas as linguagens serão usadas", diz ela.
Para o professor de geografia da USP (Universidade de São Paulo) e autor de diversos livros didáticos e paradidáticos, José William Vesentini, é importante para o estudante o pluralismo de veículos, inclusive a utilização de filmes.
O diretor de marketing das editoras Saraiva e Atual, Wander Soares, vê nos paradidáticos a possibilidade de criar um mercado futuro e de formar leitores. "Se a seleção e a abordagem do tema do paradidático não forem adequadas, vamos formar gente com repulsa à leitura", diz Soares.
A coleção Folha Explica, editada pela Publifolha, também tem o perfil do paradidático. A diretora da Publifolha, Ana Luísa Astiz, diz que o objetivo da coleção é oferecer um bom nível de conhecimento num único volume e a um preço acessível. "O objetivo é selecionar para aquele leitor que é bombardeado por informações o que é mais importante saber sobre cada tema. Nesse sentido, o papel da coleção é o de servir como um miniportal, um ponto de partida para quem quer se aprofundar mais", diz Ana Luísa.
Com esse objetivo, muitos paradidáticos sugerem leituras extras e sites sobre o tema abordado. Os livros de divulgação científica, que não possuem necessariamente o formato do paradidático, também podem ser boas opções de apoio para o estudante.
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RESUMÃO
História
Português
Atualidades
Matemática
Física
Biologia
Texto curto e simples facilita aprendizado dos vestibulandos
da Folha de S.PauloTexto atraente, linguagem clara, tema interessante e a tentativa de tratar de um único assunto da forma mais completa. Tudo em cerca de cem páginas, ao custo de R$ 10 a R$ 15. Esse é o formato clássico do livro paradidático.
A Brasiliense é a precursora desse tipo de publicação no país, com a coleção Primeiros Passos. Com a abertura política no final da década de 70, a editora pôde atender à grande demanda por informação dos jovens da época.
O professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e criador de um site sobre temas de história e filosofia, Voltaire Schilling, também se sentiu motivado a escrever para aquele público. "Havia uma massa de jovens desinformados e a necessidade de atendê-los por meio de publicações pequenas, baratas e de fácil leitura", diz Schilling, que já lançou 11 livros paradidáticos.
Na metade dos anos 80, o uso dessas publicações como leitura complementar se consolidou, e as publicações passaram a ser adotadas amplamente nas escolas. No entanto, para José Carlos de Castro, gerente editorial da Moderna, a procura era maior naquela década. "Hoje, além da competição entre as editoras, existe a concorrência com jornais, com revistas e com a internet. Mas não acho que vão desbancar o paradidático. É importante estarmos atentos aos novos parâmetros educacionais e nos adaptarmos a eles", diz ele.
Já a editora Sâmia Rios, da Scipione, acredita que os diversos meios não competem entre si. "Cada vez mais todas as linguagens serão usadas", diz ela.
Para o professor de geografia da USP (Universidade de São Paulo) e autor de diversos livros didáticos e paradidáticos, José William Vesentini, é importante para o estudante o pluralismo de veículos, inclusive a utilização de filmes.
O diretor de marketing das editoras Saraiva e Atual, Wander Soares, vê nos paradidáticos a possibilidade de criar um mercado futuro e de formar leitores. "Se a seleção e a abordagem do tema do paradidático não forem adequadas, vamos formar gente com repulsa à leitura", diz Soares.
A coleção Folha Explica, editada pela Publifolha, também tem o perfil do paradidático. A diretora da Publifolha, Ana Luísa Astiz, diz que o objetivo da coleção é oferecer um bom nível de conhecimento num único volume e a um preço acessível. "O objetivo é selecionar para aquele leitor que é bombardeado por informações o que é mais importante saber sobre cada tema. Nesse sentido, o papel da coleção é o de servir como um miniportal, um ponto de partida para quem quer se aprofundar mais", diz Ana Luísa.
Com esse objetivo, muitos paradidáticos sugerem leituras extras e sites sobre o tema abordado. Os livros de divulgação científica, que não possuem necessariamente o formato do paradidático, também podem ser boas opções de apoio para o estudante.
Fovest - 1º.nov.2001
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