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01/11/2001 - 15h30

Profissões: Clínica é apenas uma das opções do psicólogo

ANDRÉ NICOLETTI
da Folha de S.Paulo

A maioria dos alunos, quando começa a cursar psicologia, tem como sonho trabalhar na área clínica. Mas, como há, só no Estado de São Paulo, cerca de 44 mil profissionais registrados no Conselho Regional de Psicologia (existem 8.000 fonoaudiólogos em atividade em SP) e a maior parte atua nessa área, o mercado está saturado. Há, entretanto, outras atividades nas quais poucas pessoas se especializam e que estão crescendo nos últimos tempos.

Uma das áreas em expansão atualmente é a psicologia esportiva. Apesar de existir uma sociedade de profissionais no Brasil desde 1979, não são muitos os qualificados para trabalhar. Os poucos que existem são disputados para desenvolver a capacidade de concentração, aumentar a motivação, controlar o estresse dos atletas e aumentar a união dos grupos. "A preparação psicológica pode ser o detalhe que acaba fazendo a diferença entre a vitória e a derrota", afirmou Dietmar Samulsk, que trabalhou com o comitê brasileiro na última Paraolimpíada.

A estudante Carolina Zanoni, 18, que vai prestar educação física na USP e psicologia em outras faculdades, já pensa em se especializar na área. "Acho mais dinâmico trabalhar com esporte do que ficar trancado num consultório."

Área jurídica

Assim como a psicologia esportiva, outra área carente de profissionais e que geralmente não é ensinada nas faculdades é a psicologia jurídica. "As faculdades deveriam preocupar-se mais com a área, pois os debates sobre violência estão se ampliando, e os psicólogos sempre são chamados a opinar. Além disso, o número de cadeias no Estado de São Paulo está aumentando, o que proporciona a criação de novas vagas", diz Alvino Augusto de Sá, professor da USP, da Universidade Mackenzie e da Universidade de Guarulhos.

Geralmente quem passa nos concursos públicos para trabalhar na área não tem formação específica para realizar as avaliações com detentos ou com casais que querem adotar crianças ou para fazer laudos de insanidade mental. Além de trabalhar para o Estado, o profissional pode fazer consultorias independentes que são anexadas aos processos.

Ser consultor pode ser uma alternativa também para quem optar pela área organizacional, mas não quiser se empregar nos setores de recursos humanos de grandes empresas. Em ambos os casos, o profissional atuará sobretudo com recrutamento e seleção de funcionários, aplicando testes e avaliações. "O mercado está crescendo porque agora as empresas têm consciência de que precisam ter critério na hora de contratar", disse Carmen Vera de Souza do Instituto de Psicologia Aplicada.

Segundo ela, o setor de treinamento também pode ser um grande filão nos próximos anos.

Área hospitalar

A psicologia hospitalar é nova no Brasil. Nessa área, procura-se trabalhar com os pacientes, familiares e médicos para que eles encarem da melhor maneira possível a doença, uma operação ou mesmo a morte. "A grande diferença da psicologia hospitalar é que ela é exercida em ambulatórios e enfermarias, com a presença de muitas pessoas e geralmente em menos tempo", disse Heloisa Chiattone, chefe de psicologia do Hospital Brigadeiro.

Trabalhar na área escolar também é muito diferente de atuar em clínicas sobretudo devido ao ambiente e ao tempo em que se esperam os resultados. "Nas escolas, a coisa é muito mais dinâmica. Os alunos precisam de soluções em pouco tempo", disse Giselle Pretti, coordenadora da Escola da Comunidade do Colégio Visconde de Porto Seguro, que atende a população carente que vive próximo ao colégio.

Mesmo com tantas opções, quem realmente quer clinicar ainda encontra regiões e setores da sociedade que necessitam de tratamento e não são atendidos. "Não existe um esgotamento do mercado de trabalho, o que há é uma má distribuição dos profissionais. Não dá para todos quererem abrir um consultório nos Jardins", disse o psicólogo clínico Jacob Pinheiro Goldberg.

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