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02/11/2001
-
20h31
Em assembléia realizada nesta sexta-feira, em Brasília, o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) decidiu pela continuidade da greve iniciada há 72 dias. O sindicato também vai continuar trabalhando para que os vestibulares sejam adiados enquanto a greve nas universidades federais não acabar.
O Andes estima que em 33 das 53 Instituições Federais de Ensino Superior os professores decidiram em assembléias pelo adiamento do vestibular. A decisão, porém, cabe aos conselhos universitários.
Em 20 instituições, segundo o Andes, nada foi decidido a respeito dos vestibulares. O sindicato defende que as provas sejam realizadas em condições que não sejam desfavoráveis aos vestibulandos, o que não é possível atualmente.
"O clima está tenso nas universidades devido à greve, por isso não é recomendável a realização das provas agora. A insistência de alguns reitores só prejudica os alunos", disse Molinos.
Na assembléia de hoje, o Andes decidiu que, após o fim da greve, será elaborado um calendário para que os vestibulares adiados sejam realizados rapidamente e em datas adequadas para os alunos. Na assembléia, marcada desde o início da semana, seria indicado o fim da greve, pois a expectativa do sindicato era que na reunião realizada no MEC (Ministério da Educação) na última quarta-feira tudo fosse resolvido.
Porém, os líderes dos partidos no Congresso recuaram do compromisso de transferir R$ 350 milhões do Orçamento de 2002 para atender às reivindicações dos professores e as negociações chegaram a um novo impasse.
Para Fernando Molinos, vice-presidente do Andes, não há mais nada para ser negociado. "Só nos resta esperar o governo obter os recursos que já estavam acertados nas últimas reuniões para atender às nossas reivindicações salariais. Não vamos voltar atrás na pauta de negociações", disse Molinos.
Segundo ele, o impasse nas negociações é de natureza política, pois o governo tem condições para conseguir a verba. O sindicato não se negará a conversar, mas deixará claro que não recua e que a solução para o fim da greve está nas mãos do governo, disse.
Sindicato dos professores universitários decide manter greve
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaEm assembléia realizada nesta sexta-feira, em Brasília, o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) decidiu pela continuidade da greve iniciada há 72 dias. O sindicato também vai continuar trabalhando para que os vestibulares sejam adiados enquanto a greve nas universidades federais não acabar.
O Andes estima que em 33 das 53 Instituições Federais de Ensino Superior os professores decidiram em assembléias pelo adiamento do vestibular. A decisão, porém, cabe aos conselhos universitários.
Em 20 instituições, segundo o Andes, nada foi decidido a respeito dos vestibulares. O sindicato defende que as provas sejam realizadas em condições que não sejam desfavoráveis aos vestibulandos, o que não é possível atualmente.
"O clima está tenso nas universidades devido à greve, por isso não é recomendável a realização das provas agora. A insistência de alguns reitores só prejudica os alunos", disse Molinos.
Na assembléia de hoje, o Andes decidiu que, após o fim da greve, será elaborado um calendário para que os vestibulares adiados sejam realizados rapidamente e em datas adequadas para os alunos. Na assembléia, marcada desde o início da semana, seria indicado o fim da greve, pois a expectativa do sindicato era que na reunião realizada no MEC (Ministério da Educação) na última quarta-feira tudo fosse resolvido.
Porém, os líderes dos partidos no Congresso recuaram do compromisso de transferir R$ 350 milhões do Orçamento de 2002 para atender às reivindicações dos professores e as negociações chegaram a um novo impasse.
Para Fernando Molinos, vice-presidente do Andes, não há mais nada para ser negociado. "Só nos resta esperar o governo obter os recursos que já estavam acertados nas últimas reuniões para atender às nossas reivindicações salariais. Não vamos voltar atrás na pauta de negociações", disse Molinos.
Segundo ele, o impasse nas negociações é de natureza política, pois o governo tem condições para conseguir a verba. O sindicato não se negará a conversar, mas deixará claro que não recua e que a solução para o fim da greve está nas mãos do governo, disse.
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