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08/11/2001
-
11h40
especial para a Folha de S.Paulo
Imóvel, imutável. É assim que muitos imaginam a crosta terrestre. Nada está mais longe da verdade do que a idéia de uma crosta estável, pois a superfície da Terra está em constante atividade e as erupções vulcânicas e os sismos não são suas únicas manifestações.
Estudando o planeta, descobrimos que, comparando a Terra a um ovo, sua crosta está mais para aquela frágil membrana que se encontra entre a casca e a clara do que para a sua casca. Tal qual uma caixa craniana, a crosta terrestre é formada por um conjunto de placas unidas (não é, portanto, uma estrutura uniforme). Essas placas são de dois tipos, continental e oceânica, sendo esta última bastante delgada.
A intensa atividade do manto (magma) é capaz de romper e deslocar as placas da crosta a uma velocidade de 1 cm ao ano, lenta demais para a nossa percepção, tanto que, os atuais continentes começaram a ser definidos nos últimos 200 milhões de anos a partir da fragmentação de uma massa continental (pangéia). Como as placas oceânicas, que foram criadas nas áreas de separação continental, estão em expansão contínua, os continentes se afastam e "atropelam" as placas oceânicas mais antigas, numa constante renovação dos assoalhos oceânicos.
Sabendo que o oceano Atlântico se expande a partir da Dorsal Mesoatlântica (margem construtiva), as regiões banhadas por ele possuem atividade sísmica e vulcânica baixa. Por isso o Brasil está relativamente livre dessas manifestações.
Por outro lado, o oceano Pacífico tem suas margens pressionadas pelo oeste da América e pelo leste da Ásia, definindo uma faixa, o Cinturão de Fogo Circumpacífico (margem destrutiva), com fossas submarinas, ilhas vulcânicas e intensa atividade tectônica (sismos e vulcanismo).
Nos pontos em que as placas continentais colidem, suas rochas são comprimidas, dobradas e acabam formando montanhas. As mais altas possuem idade inferior a 65 milhões de anos e resultam da colisão entre as placas continental e oceânica (cordilheira dos Andes e Montanhas Rochosas) e da colisão entre placas continentais (Himalaia, Alpes, Atlas e Cárpatos).
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Márcio Masatoshi Kondo é professor da Cia. de Ética, do Objetivo, Icec-Universitário, Móbile e CLQ-Objetivo
Fovest - 08.nov.2001
Próximo da 1ª da Fuvest, o conselho é manter ritmo de estudos
Revise apenas as matérias da 1ª prova, aconselham professores
Boa pontuação na 1ª fase da Fuvest pode ser decisivo
Confira algumas dicas para a última semana antes da Fuvest
RESUMÃO
Química
Atualidades
Matemática
História
Português
PROFISSÕES
Hospitais oferecem serviços de hotéis
Vida de profissional de turismo não é só viajar
PROGRAMA
Programa: FGV-SP realiza 2ª fase no próximo domingo
Programa: "Leitura obrigatória" está em cartaz em SP
Programa: Metodista promove jornada de literatura
Resumão/Geografia - A atividade da crosta terrestre
MÁRCIO MASATOSHI KONDOespecial para a Folha de S.Paulo
Imóvel, imutável. É assim que muitos imaginam a crosta terrestre. Nada está mais longe da verdade do que a idéia de uma crosta estável, pois a superfície da Terra está em constante atividade e as erupções vulcânicas e os sismos não são suas únicas manifestações.
Estudando o planeta, descobrimos que, comparando a Terra a um ovo, sua crosta está mais para aquela frágil membrana que se encontra entre a casca e a clara do que para a sua casca. Tal qual uma caixa craniana, a crosta terrestre é formada por um conjunto de placas unidas (não é, portanto, uma estrutura uniforme). Essas placas são de dois tipos, continental e oceânica, sendo esta última bastante delgada.
A intensa atividade do manto (magma) é capaz de romper e deslocar as placas da crosta a uma velocidade de 1 cm ao ano, lenta demais para a nossa percepção, tanto que, os atuais continentes começaram a ser definidos nos últimos 200 milhões de anos a partir da fragmentação de uma massa continental (pangéia). Como as placas oceânicas, que foram criadas nas áreas de separação continental, estão em expansão contínua, os continentes se afastam e "atropelam" as placas oceânicas mais antigas, numa constante renovação dos assoalhos oceânicos.
Sabendo que o oceano Atlântico se expande a partir da Dorsal Mesoatlântica (margem construtiva), as regiões banhadas por ele possuem atividade sísmica e vulcânica baixa. Por isso o Brasil está relativamente livre dessas manifestações.
Por outro lado, o oceano Pacífico tem suas margens pressionadas pelo oeste da América e pelo leste da Ásia, definindo uma faixa, o Cinturão de Fogo Circumpacífico (margem destrutiva), com fossas submarinas, ilhas vulcânicas e intensa atividade tectônica (sismos e vulcanismo).
Nos pontos em que as placas continentais colidem, suas rochas são comprimidas, dobradas e acabam formando montanhas. As mais altas possuem idade inferior a 65 milhões de anos e resultam da colisão entre as placas continental e oceânica (cordilheira dos Andes e Montanhas Rochosas) e da colisão entre placas continentais (Himalaia, Alpes, Atlas e Cárpatos).
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Márcio Masatoshi Kondo é professor da Cia. de Ética, do Objetivo, Icec-Universitário, Móbile e CLQ-Objetivo
Fovest - 08.nov.2001
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