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13/11/2001
-
12h16
da Folha Online, em Brasília
Os professores dos estabelecimentos federais de ensino, em greve há quase três meses, são contrários ao reajuste da Gratificação de Estímulo à Docência (professores universitários) e da Gratificação de Incentivo à Docência (professores de 1° e 2°). O projeto de lei fixando em 34% o aumento da GED e da GID está para ser enviado pelo Executivo ao Legislativo.
Representantes do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior) se reuniram na manhã de hoje com o presidente do Congresso, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), a quem pediram para não aprovar a matéria.
Segundo o presidente da entidade, Roberto Leher, o reajuste tem três "pecados": pressupõe a idéia de que a universidade funciona como uma empresa, aumenta a disparidade entre os professores da ativa e os aposentados e aumenta a distância entre os salários dos docentes do ensino básico e do superior.
"Por esses motivos nós entendemos que essa gratificação não pode ser aumentada. Na medida em que ela é reajustada, os problemas que ela produz serão amplificados. Eu tenho certeza que o Congresso vai apoiar os professores contra uma medida que cria uma lógica que corrói o caráter público da universidade."
Ramez Tebet preferiu não se manifestar sobre o mérito do projeto, no entanto se afirmou ser a favor de um "processo negociado." De acordo com Leher, Tebet fará gestões junto ao Executivo para que o projeto que reajusta as gratificações não seja apresentado ao Congresso.
Vestibular
Leher disse ainda que não acredita num cancelamento total dos vestibulares das universidades federais. Ele alertou porém que se o adiamento for prolongado um número menor de estudantes conseguirá acesso ao ensino superior público.
Segundo o sindicato, 19 universidades já adiaram o vestibular de 2002, e 41 entidades estão estudando um possível adiamento das provas.
Andes pede ao Congresso que não aprove aumento de gratificação
RICARDO MIGNONEda Folha Online, em Brasília
Os professores dos estabelecimentos federais de ensino, em greve há quase três meses, são contrários ao reajuste da Gratificação de Estímulo à Docência (professores universitários) e da Gratificação de Incentivo à Docência (professores de 1° e 2°). O projeto de lei fixando em 34% o aumento da GED e da GID está para ser enviado pelo Executivo ao Legislativo.
Representantes do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior) se reuniram na manhã de hoje com o presidente do Congresso, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), a quem pediram para não aprovar a matéria.
Segundo o presidente da entidade, Roberto Leher, o reajuste tem três "pecados": pressupõe a idéia de que a universidade funciona como uma empresa, aumenta a disparidade entre os professores da ativa e os aposentados e aumenta a distância entre os salários dos docentes do ensino básico e do superior.
"Por esses motivos nós entendemos que essa gratificação não pode ser aumentada. Na medida em que ela é reajustada, os problemas que ela produz serão amplificados. Eu tenho certeza que o Congresso vai apoiar os professores contra uma medida que cria uma lógica que corrói o caráter público da universidade."
Ramez Tebet preferiu não se manifestar sobre o mérito do projeto, no entanto se afirmou ser a favor de um "processo negociado." De acordo com Leher, Tebet fará gestões junto ao Executivo para que o projeto que reajusta as gratificações não seja apresentado ao Congresso.
Vestibular
Leher disse ainda que não acredita num cancelamento total dos vestibulares das universidades federais. Ele alertou porém que se o adiamento for prolongado um número menor de estudantes conseguirá acesso ao ensino superior público.
Segundo o sindicato, 19 universidades já adiaram o vestibular de 2002, e 41 entidades estão estudando um possível adiamento das provas.
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