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15/11/2001
-
09h19
especial para a Folha de S.Paulo
"Por cinco anos, o Exército soviético levou a guerra ao orgulhoso e profundamente religioso povo do Afeganistão, e esse povo com sua legendária coragem continua lutando contra as forças de ocupação." (Ronald Reagan)
Diante das dificuldades que as tropas americanas vêm enfrentando em solo afegão, parece oportuno relembrar as palavras do presidente Ronald Reagan nos anos 80. Naquela oportunidade, ele destacava a resistência afegã ante as tropas soviéticas. Atualmente o cenário é o mesmo, mudaram apenas o nome e as justificativas do invasor.
Estado unificado em 1747, o Afeganistão tornou-se independente apenas em 1919, quando se libertou do "protetorado britânico". Herdeiro de uma dinastia do século 19, o rei Zahir Shah chegou ao poder no final dos anos 20, permanecendo como líder da monarquia até 1973, quando foi deposto pelo príncipe Mohamad Daud, seu primo. Daud proclamou a república e projetava modernizar o país para romper com seu passado feudal.
Mas, nos últimos dias de abril de 1978, o governo republicano afegão foi deposto pelo PDPA (Partido Democrático Popular do Afeganistão), de orientação marxista e apoiado pela União Soviética. O partido promoveu a reforma agrária contra o interesse dos grandes proprietários, além de introduzir a alfabetização obrigatória, causando pânico entre os líderes religiosos, resistentes à modernização.
Com a ascensão dos socialistas, a Guerra Fria chegou ao Afeganistão. De um lado, a resistência dos mujahedins, ou guerrilheiros islâmicos, apoiados pelos EUA e pelo Paquistão. Do outro, o líder do PDPA, Babrak Karmal, que passou a contar com o apoio de Moscou em dezembro de 1979. O "Vietnã soviético", como ficou conhecida a ocupação, deixou um saldo de 15 mil soldados russos mortos.
Mikhail Gorbatchov retirou as tropas da URSS de Cabul em 1989, deixando um rastro de destruição. Tomado pelo caos e pela guerra, o Afeganistão era a própria tragédia. Sem escolha, dizimada pela miséria e pela rivalidade de grupos em luta, a população apoiou a chegada dos "estudantes islâmicos" (Taleban) ao poder em 1996, como uma alternativa à desordem. Estes, partidários de uma disciplina rígida, suspenderam a Constituição e proibiram as mulheres de trabalhar.
Acusado de extremista pelos EUA, seus antigos aliados, o Taleban prossegue na luta contra o invasor, agora ajudado pelos partidários de um hóspede ilustre: Bin Laden.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
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Resumão/atualidades - A resistência afegã
ROBERTO CANDELORIespecial para a Folha de S.Paulo
"Por cinco anos, o Exército soviético levou a guerra ao orgulhoso e profundamente religioso povo do Afeganistão, e esse povo com sua legendária coragem continua lutando contra as forças de ocupação." (Ronald Reagan)
Diante das dificuldades que as tropas americanas vêm enfrentando em solo afegão, parece oportuno relembrar as palavras do presidente Ronald Reagan nos anos 80. Naquela oportunidade, ele destacava a resistência afegã ante as tropas soviéticas. Atualmente o cenário é o mesmo, mudaram apenas o nome e as justificativas do invasor.
Estado unificado em 1747, o Afeganistão tornou-se independente apenas em 1919, quando se libertou do "protetorado britânico". Herdeiro de uma dinastia do século 19, o rei Zahir Shah chegou ao poder no final dos anos 20, permanecendo como líder da monarquia até 1973, quando foi deposto pelo príncipe Mohamad Daud, seu primo. Daud proclamou a república e projetava modernizar o país para romper com seu passado feudal.
Mas, nos últimos dias de abril de 1978, o governo republicano afegão foi deposto pelo PDPA (Partido Democrático Popular do Afeganistão), de orientação marxista e apoiado pela União Soviética. O partido promoveu a reforma agrária contra o interesse dos grandes proprietários, além de introduzir a alfabetização obrigatória, causando pânico entre os líderes religiosos, resistentes à modernização.
Com a ascensão dos socialistas, a Guerra Fria chegou ao Afeganistão. De um lado, a resistência dos mujahedins, ou guerrilheiros islâmicos, apoiados pelos EUA e pelo Paquistão. Do outro, o líder do PDPA, Babrak Karmal, que passou a contar com o apoio de Moscou em dezembro de 1979. O "Vietnã soviético", como ficou conhecida a ocupação, deixou um saldo de 15 mil soldados russos mortos.
Mikhail Gorbatchov retirou as tropas da URSS de Cabul em 1989, deixando um rastro de destruição. Tomado pelo caos e pela guerra, o Afeganistão era a própria tragédia. Sem escolha, dizimada pela miséria e pela rivalidade de grupos em luta, a população apoiou a chegada dos "estudantes islâmicos" (Taleban) ao poder em 1996, como uma alternativa à desordem. Estes, partidários de uma disciplina rígida, suspenderam a Constituição e proibiram as mulheres de trabalhar.
Acusado de extremista pelos EUA, seus antigos aliados, o Taleban prossegue na luta contra o invasor, agora ajudado pelos partidários de um hóspede ilustre: Bin Laden.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
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