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17/11/2001
-
10h00
Em época de racionamento, uma das maiores dificuldades da UFPI (Universidade Federal do Piauí) é controlar o uso de ar-condicionado, por causa de uma solução provisória que virou definitiva. A reitoria, alguns órgãos administrativos e cursos ficam em prédios improvisados, construídos em 1971, com telhas de amianto, sem ventilação ou aproveitamento da luz natural.
Apesar dessa situação, hoje é difícil encontrar quem ainda espere a construção das sedes definitivas. A prioridade das últimas administrações tem sido finalizar projetos como a biblioteca, que já está funcionando, ou o hospital universitário, que espera por verbas.
Na biblioteca, os alunos reclamam da desorganização e da falta de livros importantes em quantidade. "Às vezes, a gente fica esperando semanas para conseguir um livro", diz a aluna de direito Carla Lúcio, 21. Essa é a melhor biblioteca universitária do Estado e acaba recebendo alunos de universidades particulares.
A aluna Marcela Sampaio, 22, diz que ficou sem aulas importantes de direito, como direito penal e constitucional. Mas toda a turma passou com 10. O diretor do curso, Joaquim de Alencar Bezerra, admite o problema.
"Em direito penal, o professor era o principal acusado de um crime em Teresina e não deu as aulas. Quando soubemos que a turma toda tinha passado com 10, fizemos aulas de reposição. Alguns alunos, num gesto nobre, abriram mão da nota, outros não puderam assistir às aulas, mas houve também aqueles que preferiram se acomodar."
A falta de professores para substituir os que se aposentam ou se afastam por algum motivo é um problema não só do curso de direito. Em toda a universidade, há 830 efetivos e 129 substitutos. Pelos cálculos da reitoria, há déficit de 230 vagas. Foi autorizado concurso para 42 professores efetivos.
O reitor Pedro Leopoldino, no entanto, já antevê dificuldade para contratar. "O MEC exige que as novas vagas sejam para doutores. Não acredito que existam, no Piauí, 42 doutores interessados em dar aulas. Teremos que anunciar o concurso em outros Estados." Há apenas um curso de doutorado no Piauí, oferecido pela própria UFPI. (ANTÔNIO GOIS)
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No Piauí, reitoria fica em sede improvisada
do enviado especial da Folha a TeresinaEm época de racionamento, uma das maiores dificuldades da UFPI (Universidade Federal do Piauí) é controlar o uso de ar-condicionado, por causa de uma solução provisória que virou definitiva. A reitoria, alguns órgãos administrativos e cursos ficam em prédios improvisados, construídos em 1971, com telhas de amianto, sem ventilação ou aproveitamento da luz natural.
Apesar dessa situação, hoje é difícil encontrar quem ainda espere a construção das sedes definitivas. A prioridade das últimas administrações tem sido finalizar projetos como a biblioteca, que já está funcionando, ou o hospital universitário, que espera por verbas.
Na biblioteca, os alunos reclamam da desorganização e da falta de livros importantes em quantidade. "Às vezes, a gente fica esperando semanas para conseguir um livro", diz a aluna de direito Carla Lúcio, 21. Essa é a melhor biblioteca universitária do Estado e acaba recebendo alunos de universidades particulares.
A aluna Marcela Sampaio, 22, diz que ficou sem aulas importantes de direito, como direito penal e constitucional. Mas toda a turma passou com 10. O diretor do curso, Joaquim de Alencar Bezerra, admite o problema.
"Em direito penal, o professor era o principal acusado de um crime em Teresina e não deu as aulas. Quando soubemos que a turma toda tinha passado com 10, fizemos aulas de reposição. Alguns alunos, num gesto nobre, abriram mão da nota, outros não puderam assistir às aulas, mas houve também aqueles que preferiram se acomodar."
A falta de professores para substituir os que se aposentam ou se afastam por algum motivo é um problema não só do curso de direito. Em toda a universidade, há 830 efetivos e 129 substitutos. Pelos cálculos da reitoria, há déficit de 230 vagas. Foi autorizado concurso para 42 professores efetivos.
O reitor Pedro Leopoldino, no entanto, já antevê dificuldade para contratar. "O MEC exige que as novas vagas sejam para doutores. Não acredito que existam, no Piauí, 42 doutores interessados em dar aulas. Teremos que anunciar o concurso em outros Estados." Há apenas um curso de doutorado no Piauí, oferecido pela própria UFPI. (ANTÔNIO GOIS)
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